O estado de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (15) mais duas mortes por dengue, em Marília (a 435 km de São Paulo).
As vítimas são um homem, de 80 anos, com início dos sintomas no dia 2 de janeiro, e uma mulher, de 30 anos. Nela, os primeiros sintomas surgiram no dia 9 de janeiro.
Segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, 11 pessoas morreram em decorrência da doença em 2024. Outros 16 óbitos estão em investigação.
Os demais óbitos ocorreram em Pindamonhangaba (2), Bebedouro (1), Pederneiras (1), Taubaté (2), Tremembé (1), São Paulo (1) e Guarulhos (1).
O estado contabiliza 51.175 casos confirmados até o momento. Destes, 72 são graves, que correspondem a condições como pulso diminuído ou indetectável, taquicardia, extremidades frias e sangramento grave.
Em 868 dos registros confirmados há algum sinal de alarme. São casos da doença que, no período de queda da febre, apresenta dor abdominal intensa, vômitos persistentes e acúmulo de líquidos.
Ainda de acordo com o painel, a febre foi o sintoma mais frequente em 83% (42.637). Em seguida, consta mialgia (77%), dor de cabeça (76%) e náuseas (40%).
Dentre as mortes registradas, um óbito ocorreu na capital paulista. A cidade, até 7 de fevereiro, teve 6.496 casos confirmados de dengue, segundo boletim epidemiológico. A taxa de incidência da doença está em 54,1.
O distrito administrativo Jaguara, na zona oeste do município, já é epidêmico, com 362 casos e incidência de 1.523,6 por 100 mil habitantes. Itaquera, na zona leste, é o que tem maior número de casos, com 527 registros.
O que está por trás do aumento de casos?
Há diferentes explicações, segundo especialistas. Uma delas diz respeito à circulação de quatro sorotipos de dengue, o que indica que cada pessoa pode pegar a doença quatro vezes. Quando um indivíduo é infectado por um deles adquire imunidade contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais.
Outra razão é a mudança no perfil geográfico. Locais que antes não tinham dengue passaram a ter, fazendo com que novas populações fiquem expostas à doença.
A chuva e o calor cada ano mais intensos facilitam a formação de focos do mosquito Aedes aegypti e a sua proliferação.
Governo de SP antecipa verba para combate à dengue
O Governo de São Paulo antecipou o pagamento de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) para suporte aos 645 municípios no enfrentamento às arboviroses urbanas, em especial, à dengue.
O repasse, previsto para maio, faz parte das ações contra a dengue anunciadas pelo COE (Centro de Operações de Emergências), coordenado pela Secretaria de Saúde.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.