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Casos de síndrome respiratória aguda aumentam em todo o país

Vacina e uso de máscara são ferramentas de prevenção, reforça a Fiocruz

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São Paulo

Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (7), mostra aumento de novos casos semanais de Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todas as regiões do país.

Há distinções, no entanto, em relação aos vírus respiratórios. Na região Centro-Sul prevalece a Covid-19. Já nas regiões Sudeste e Sul, além da Covid, há um quadro de influenza (o vírus da gripe). No Norte e no Nordeste o destaque também é o crescimento da influenza, principalmente entre adultos.

A análise é de dados da semana de 25 de fevereiro a 2 de março, com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe.

Passageiros usam máscara no transporte coletivo de São Paulo - Rubens Cavallari - 26.nov.2022/Folhapress

Segundo a Fiocruz, o cenário mostra que o vírus sincicial respiratório (VSR) voltou a aparecer e afeta crianças pequenas e idosos.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta para o crescimento do vírus sincicial. "Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até dois anos, mas sabemos também que os idosos têm um risco de vir a falecer por conta do VSR", diz. Ele recomenda atenção para essas duas faixas etárias.

O VSR circula em todas as regiões do país, o que pode estar associado à volta às aulas. Ele é o principal causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa, cujos principais sintomas são tosse alta e falta de ar.

Em 2024 já foram notificados 13.636 casos de Srag, sendo 5.285 (38,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) negativos e 1.955 (14,3%) aguardando resultado laboratorial.

Entre os casos positivos do ano, há os seguintes dados: influenza A (9,3%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (11,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (68,6%).

O número de mortes chegou a 968. Entre os casos de morte com resultado positivo para algum vírus respiratório, tem-se influenza A (3,8%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (0,9%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (92,6%).

VACINA E MÁSCARA

Em relação à Covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacina é uma das principais ferramentas de enfrentamento. Há também a recomendação de uso de máscaras (N95 e PFF2). Elas diminuem o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, no momento, recebem muitas pessoas infectadas.

Outra recomendação é a procura por atendimento médico nos casos em que aparecem sintomas parecidos com resfriado, especialmente nos casos das pessoas que fazem parte dos grupos de risco.

Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade por Srag mantém o padrão de maior impacto entre crianças pequenas e idosos.

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