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SP atinge marca de 100 mortes por dengue; capital lidera casos de óbitos

Ministério da Saúde admitiu demora na confirmação de óbitos por dengue

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São Paulo

O estado de São Paulo atingiu a marca de 100 mortos por dengue neste ano, de acordo com atualização do painel de monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde nesta quarta-feira (20). Há ainda 231 óbitos em investigação.

Em relação aos casos, São Paulo atingiu a marca de 269.552 casos confirmados e 654.186 notificações.

De acordo com o painel do governo, as cidades que confirmaram mais óbitos este ano foram São Paulo (11) e Guarulhos (7), seguidas de Marília (6), Pederneiras (6), Taubaté (6) e Jacareí (6).

Mosquito
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue - Danilo Verpa - 3.mar.2024/Folhapress

O estado e a capital decretaram situação de emergência devido à doença. Os casos de dengue subiram 40% na cidade de São Paulo, entre os dias 6 e 13 de março, com 14.303 novos casos no período.

Os dados, porém, podem ser diferentes do que é divulgado. Como mostrou a Folha, o Ministério da Saúde e governos estaduais têm divergido sobre os casos de dengue. No painel de arboviroses do MS, por exemplo, estão confirmadas apenas 98 mortes no estado paulista.

Além disso, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, falou nesta quarta sobre a demora na confirmação de óbitos por dengue durante a atualização do cenário epidemiológico da dengue no país.

Segundo ela, alguns óbitos, inicialmente taxados como decorrentes da dengue, são posteriormente desconsiderados após análises laboratoriais.

"Toda pessoa que morre cujo atestado indica dengue, chikungunya, ou oropouche, há uma investigação desses casos para analisar se os dados laboratoriais são consistentes. Muitas vezes, as pessoas têm sintomas que são compatíveis com a doença, mas não têm nenhum exame laboratorial", diz. "Alguns desses exames são feitos depois que a pessoa morre, então há esse tempo para que essa investigação seja fechada".

Vacinação

Em entrevista coletiva, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o ministério está trabalhando para utilizar as vacinas que não foram usadas até o momento para redistribuir a estados e municípios em situação de emergência.

"Vamos fazer a redistribuição das doses não aplicadas no município usando ranqueamento dos municípios que estão em situação de emergência por dengue", disse.

Diante da baixa adesão à vacinação iniciada em 9 de fevereiro, um novo ranking foi estabelecido pelo DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunizações) —com ampliação de estados e municípios.

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