Gripe aviária se espalha em mamíferos, e transmissão para humanos preocupa

EUA é o país que relata o maior número de mamíferos infectados; na Antártida, vírus ameaça pinguins

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Sybille de La Hamaide
Paris | Reuters

A gripe aviária, oficialmente chamada de influenza aviária altamente patogênica, tem se espalhado cada vez mais para mamíferos, levantando preocupações sobre a transmissão para humanos. A espécie mais afetada é a das raposas e os Estados Unidos é o país que relata o maior número de mamíferos infectados.

Os casos da doença em mamíferos foram detectados principalmente na Europa e nas Américas. O vírus também infectou centenas de espécies de aves selvagens e em cativeiro.

O governo dos EUA, no final de março, relatou casos da doença em vacas leiteiras no Texas e disse que uma pessoa que teve contato com as vacas foi infectada.

Pesquisadores verificam área após detecção de casos positivos de H5N1 na Antártica, em março deste ano - Instituto Antártico Chileno/AFP

O contágio de uma cepa de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) pelas vacas teria ocorrido por meio de aves silvestres, várias das quais foram encontradas mortas nos arredores de uma fazenda texana, informaram na ocasião.

Esse é o segundo caso humano de gripe aviária (H5N1) nos Estados Unidos e o primeiro relacionado a exposição ao gado. Houve um caso anterior, em 2022, no Colorado, de uma pessoa que teve exposição direta a aves de criação.

A gripe aviária (H5N1) "é um tipo de vírus da gripe que costuma infectar aves selvagens e pode ser transmitido às domésticas e a outros animais. Ocasionalmente, infecta pessoas, e a transmissão de uma pessoa para outra é extremamente rara", segundo a entidade texana.

Em outubro do ano passado, a gripe aviária foi detectado pela primeira vez na costa da Antártida. O planeta vive a pior epidemia de gripe aviária da história, e muitos especialistas temiam que, cedo ou tarde, ela chegasse ao continente antártico.

Na Antártida, o vírus ameaça algumas variedades de pinguins que não vivem em outros locais e, portanto, nunca desenvolveram imunidade contra esse patógeno. Pesquisadores descobriram cerca de 35 pinguins mortos nas Ilhas Malvinas/Falklands, no Atlântico Sul, em 19 de janeiro. Amostras retiradas de dois dos pinguins mortos deram positivo para o vírus aviário.

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