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Internações por gripe e vírus respiratório infantil crescem no país, aponta Fiocruz

Casos de síndrome respiratória grave por influenza A e por vírus causador de bronquiolite apresentam aumento em idosos e crianças

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São Paulo

O boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (18), mostra aumento de Srag (síndrome respiratória aguda grave) pelo VSR (vírus sincicial respiratório), que afeta principalmente crianças, e pelo vírus da gripe, Influenza A. Segundo os dados do boletim, os casos de Srag no país têm um sinal de crescimento nas internações tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas).

O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa cujos sintomas principais são tosse e falta de ar. Em geral, os casos são leves, mas podem resultar em internações hospitalares.

A ocorrência de Srag por VSR em crianças de até dois anos supera a incidência de Srag associada ao Covid nessa faixa etária. Em relação à Srag causada por Covid, no cenário nacional, o vírus permanece em queda, com alguns estados mantendo estabilidade em patamares baixos. A incidência de Covid afeta principalmente crianças e idosos, porém, em relação à mortalidade, a população com mais de 65 anos é a principal impactada.

Casos de síndrome respiratória aguda aumentam em todo o país - Getty Images

Segundo o boletim, nas últimas quatro semanas, as mortes associadas ao vírus da gripe já começam a se aproximar das mortes em função da Covid, por conta da diferença do quadro de diminuição de infecções pelo coronavírus e aumento de casos de influenza.

Segundo Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, "para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental".

Ainda de acordo com a nota, 20 unidades federativas apresentam crescimento de Srag no longo prazo, são elas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em 2024, foram notificados 33.998 casos de Srag, 15.098 (44,4%) eram positivos, 13.003 (38,2%) negativos e 3.813 (11,2%) aguardam resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas, os vírus que mais prevaleceram entre os casos positivos foram: VSR (54,9%), Influenza A (20,8%), Covid-19 (14,9%), e Influenza B (0,3%). Entre os casos de morte com resultado positivo para algum vírus respiratórios, tem-se influenza A (40,8%), influenza B (0%), VSR (10,7%), e Covid-19 (47,3%).

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