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OMS aprova vacina simplificada contra cólera frente a escassez

Falta de imunizantes e demanda crescente motivam ação, com 31 países reportando casos atualmente

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Genebra, Suíça | AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na última sexta-feira (19) que aprovou uma versão simplificada de uma vacina oral contra a cólera, para aumentar a produção e enfrentar o aumento do número de casos.

A vacina Euvichol-S é uma fórmula simplificada da Euvichol-Plus, com menos compostos, o que deve permitir produzir mais rapidamente volumes importantes, informou a OMS. O composto é produzido pelo grupo sul-coreano EuBiologics e tem eficácia semelhante à das formulações mais complexas.

Mãos de uma médica negra segurando uma seringa de vacina
OMS aprova nova vacina oral simplificada contra cólera, Euvichol-S, para enfrentar aumento de casos - Pexels/RF._.studio

"A nova vacina é o terceiro produto da mesma família de vacinas que temos para a cólera em nossa lista de pré-qualificação da OMS", disse Rogério Gaspar, diretor do departamento de regulação da agência de saúde da ONU.

A cólera é contraída por meio de uma bactéria transmitida pela água ou por alimentos contaminados e causa diarreia e vômito, que geram uma desidratação que pode ser fatal, principalmente em crianças. Nos últimos anos, houve uma explosão de contágios em nível mundial, com 473 mil casos em 2022, o dobro de 2021. Segundo dados preliminares, houve 700 mil casos em 2023.

Embora a oferta mundial de vacinas tenha se multiplicado na última década, a demanda crescente gerou escassez, e 31 países reportam casos de cólera atualmente. Para enfrentar o aumento dos casos, a OMS passou a recomendar uma dose da vacina, em vez de duas.

Brasil confirma primeiro caso autóctone de cólera em Salvador após quase 20 anos

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso autóctone de cólera em Salvador. O paciente não viajou para países com ocorrência da doença. Com sintomas de diarreia aquosa e desconforto abdominal, a ocorrência é isolado e não houve outros registros após investigação epidemiológica.

Segundo dados da OMS, a região africana é a mais afetada. O Ministério da Saúde destaca a importância da detecção precoce, investigação epidemiológica e medidas de prevenção e controle. Prevenção depende de saneamento básico, higiene pessoal e manipulação segura de alimentos.

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