Em encontro com a Frente Nacional de Prefeitos nesta sexta-feira (19), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a ampliação de oferta de doses de vacina contra a dengue tem esbarrado na limitação de plantas de produção no Brasil.
"Para vocês entenderem a lógica, para a Fiocruz produzir essa vacina ela tem que diminuir um tanto a produção de vacina de febre amarela, porque vai ser na mesma planta, não tem uma planta nova", afirmou a ministra, em reunião em Ribeirão Preto (SP).
A Fiocruz tem negociado com a farmacêutica Takeda para que a tecnologia da vacina Qdenga seja transferida e o imunizante seja produzido no Brasil.
"Isso tudo são decisões de saúde pública, com escolhas que têm que estar muito controladas, porque não pode faltar, obviamente, a vacina de febre amarela, que o Brasil inclusive exporta para a África, para outros países da América Latina, é o maior produtor do mundo. A gente sempre tem que fazer essa equação", completou.
Segundo Nísia, a produção de vacinas em escala é um problema mundial, que a Índia conseguiu contornar devido a investimento contínuo, "que no Brasil parou e retomou".
"Não tem mágica, vacina leva tempo", afirmou a ministra, que disse estar em contato com Fiocruz e Butantan para incrementar a produção no Brasil.
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