São Paulo e Bahia têm aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave

Rinovírus é destaque em crianças e adolescentes, segundo Boletim InfoGripe da Fiocruz

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São Paulo

Os casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) aumentaram em São Paulo e na Bahia. O crescimento se concentra em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. É o que diz o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (16).

Na Bahia, as infecções estão relacionadas ao rinovírus. Em São Paulo, a influência deste vírus é uma possibilidade, mas ainda não é possível associá-lo.

Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito federal registraram alta de casos de Covid nos idosos.

A imagem mostra um recém-nascido deitado em uma incubadora. O bebê está deitado de lado, com uma mão próxima ao rosto e a outra segurando um tubo. Uma mão adulta está tocando a cabeça do bebê. O ambiente parece ser uma unidade de cuidados intensivos neonatais.
O VSR atinge, principalmente, crianças mais novas, de até dois anos - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O estudo tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) até o dia 10 de agosto.

Segundo o boletim, no Brasil, o VSR (vírus sincicial respiratório) se mantém como a principal causa de internação e morte em crianças até dois anos, ainda que demonstre queda nas últimas semanas.

O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória altamente contagiosa cujos sintomas principais são tosse e falta de ar.

O rinovírus é o destaque para a incidência de srag em crianças e adolescentes até 14 anos.

Em alguns estados do Sul e Sudeste, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, onde a influenza A apresentava sinal de aumento entre os idosos nas últimas semanas, já é possível observar um sinal de interrupção do crescimento. Quanto ao VSR, a redução do número de casos já está mais consolidada na maioria do território nacional.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 18,7% para influenza A; 1,8% para influenza B; 27% para VSR; e 16% para coronavírus. Entre as mortes, a prevalência entre os casos positivos foi de 31,2% para influenza A; 2% para influenza B; 9.3% para VSR; e 34,4% para Sars-CoV-2.

A incidência e mortalidade semanal média nas últimas oito semanas epidemiológicas mantêm o cenário de maior impacto nos extremos das faixas etárias analisadas.

A incidência de srag em crianças de até dois anos de idade é mantida em maior parte pela circulação do VSR, seguida pelo rinovírus. Quanto à mortalidade, a população a partir de 65 anos continua sendo a mais impactada, por conta dos vírus Influenza A e coronavírus.

Em relação aos casos de srag por Sars-CoV-2, a incidência tem apresentado maior impacto em crianças pequenas, enquanto a mortalidade tem sido mais elevada entre idosos a partir de 65 anos. No entanto, os impactos tanto em hospitalizações quanto em óbitos são inferiores aos observados atualmente para os vírus VSR e rinovírus em crianças, e influenza A em idosos.

Quanto aos demais vírus respiratórios com circulação relevante no país, o impacto nos casos de srag tem se concentrado em crianças pequenas, associado principalmente ao VSR e rinovírus.

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