Casos e internações por rinovírus entre crianças crescem no país, alerta Fiocruz

Vírus é o principal causador de resfriados; em SP, alta ocorre nas faixas de 2 a 4 anos e de 5 a 14 anos

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São Paulo

A Fiocruz detectou um aumento no número de casos e internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) possivelmente causada pelo rinovírus em crianças.

O rinovírus é o principal causador de resfriados. Na grande maioria dos casos, ele provoca coceira no nariz ou irritação na garganta, seguidos por espirros, congestão nasal e febre baixa. São raros os pacientes que evoluem com complicações mais graves.

Uma menina branca soa o nariz. Ela tem cabelos lisos, pretos, com franja e está com os olhos fechados enquanto aperta a mão com o papel contra o nariz
Rinovírus pode provocar coceira no nariz ou irritação na garganta - Adobe Stock

No Espírito Santo, Bahia, Paraná e São Paulo, além da capital Natal (RN), a alta é observada nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos, segundo o o boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (17). Em Roraima, o crescimento está concentrado nas crianças de até 2 anos, segundo o documento, que considera o período de 6 a 12 de agosto.

"Não há indícios de que pode ser uma retomada da Covid-19 nessa faixa etária nem do vírus Influenza. Esses dois continuam em uma situação que é, em geral, de certa estabilidade, mas o rinovírus está com ligeiro aumento", comentou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, em vídeo divulgado pela Fiocruz

Desde o início do ano, foram notificados 121.214 casos de SRAG no país, sendo 47.134 (38,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Desses, 9,2% indicaram Influenza A; 4,9% Influenza B; 40,7% vírus sincicial respiratório (VSR) e 30,6% SARS-CoV-2 (Covid-19).

Nas quatro últimas semanas, a prevalência entre os casos positivos foi de 5,0% para Influenza A;2,5% Influenza B; 25,2% VSR e 22,3% SARS-CoV-2. Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus foi de 9,2% para Influenza A; 6,6% Influenza B; 10,5% VSR e 52,6% SARS-CoV-2.

Segundo os dados da Rede Genômica Fiocruz, não houve até o momento detecção da subvariante EG.5 do SARS-CoV-2, conhecida popularmente como "Éris" e em alta em locais como Estados Unidos e Reino Unido.

Volta do uso de máscaras

Nesta quarta (16), a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) recomendou a volta do uso de máscara em ambientes fechados e em aglomerações.

"Julgamos prudente alertar ao corpo social da universidade e recomendar o uso adequado de máscaras em ambientes fechados e em contextos de aglomeração humana, assim como higienização frequente das mãos", diz o texto.

Nesta quinta, a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) emitiu uma nota sobre a EG.5 na qual levanta a possibilidade de uma nova onda de casos nas próximas semanas, com baixo potencial de ocorrências graves, considerando o cenário epidemiológico dos países onde essa subvariante já circula.

Nesse contexto, a SBI recomenda aumentar a coleta de testes diagnósticos e a vigilância genômica e, para a população: tomar as doses de reforço recomendadas, o uso de máscaras para idosos e imunossuprimidos em locais fechados, com baixa ventilação e aglomeração caso haja aumento de casos de síndrome gripal no país e testagem em caso de sintomas de gripe.

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