Com pegada moderna, novos negócios movimentam a Mooca e preservam a história do bairro
Durante uma temporada em Miami, José Américo Crippa Filho conheceu a região de Wynwood, uma antiga área industrial americana que saiu da decadência e tornou-se um polo cultural da cidade.
De volta ao Brasil e com essa imagem em mente, o empresário Tatá começou a se dedicar à recuperação do patrimônio do bairro em que nasceu. Surgia aí o Distrito Mooca, um projeto de revitalização de galpões, resquícios da época industrial -preservando, é claro, a sua arquitetura.
As proximidades da rua Borges de Figueiredo -que foi recapeada e recebeu grafites- exemplificam esse espírito. Além de ser o berço da Di Cunto (casa aberta em 1935 e conhecida por seus doces e pães), a via também recebeu o Cadillac BBQ (espaço dedicado a carnes do próprio Tatá) e o restaurante Hospedaria.
Além da história, ligada à formação do bairro próximo à antiga ferrovia que escoava café, a origem italiana dos moradores também se manteve preservada no cardápio da última casa. "É uma comida de imigrante", explica Fellipe Zanuto, dono d'A Pizza da Mooca.
Entre fevereiro e março, abre o próximo negócio da região: Cristiane Seixas levará o bar-brechó Boutique Vintage para um imóvel encontrado por Tatá na rua da Mooca. "São Paulo é muito grande para a gente ficar fechado só em três bairros", conclui o empresário.