A chapa encabeçada pelo candidato Paulo Garcia fez uma denúncia de fraude na eleição do Corinthians, realizada no último sábado e que terminou com vitória de Andrés Sanchez. Ao lado dos vices Emerson Piovezan e Flávio Adauto, Garcia acionou a Justiça nesta quarta-feira (7) contra a Telemeeting Brasil, responsável pelo fornecimento do sistema de votação do pleito corintiano.
O candidato Antonio Roque Citadini também está ciente da potencial fraude e estuda entrar com outra medida judicial. A empresa nega a possibilidade de que os resultados tenham sido adulterados.
As chapas afirmam ter verificado adulteração em uma das urnas. O grupo de Garcia entrou com uma representação criminal no Jecrim da Barra Funda depois de levar representantes de um empresa de tecnologia ao pleito. Durante a eleição, eles verificaram adulteração em uma das urnas. A equipe de Citadini também enviou especialistas independentes e constatou o mesmo problema.
A Telemeeting alertou para a possibilidade de motivações políticas existirem por trás das denúncias.
"Fiquei sabendo (da ação). Todo o processo foi acompanhado e auditado por pessoas indicadas pelos próprios candidatos. Chegamos a fazer reuniões para analisar todos os softwares. Fizeram um raio-x antes da eleição. Após isso os computadores foram lacrados e abertos somente no início da eleição", disse André Mosiici, diretor da Telemeeting.
"Não entendo essa denúncia. Não sei se estão misturando interesse político com outros assuntos. Vão ter de provar o que estão acusando. Nada foi feito que não fosse solicitado pelo Corinthians e pelas chapas", acrescentou.
A eleição teve cinco candidatos. Sanchez venceu com 33,9% dos votos. Garcia obteve 22,9%, contra 22% de Citadini. Felipe Ezabella marcou 12,7%, enquanto Romeu Tuma Júnior teve 7,6%. O pleito durou oito horas e o resultado foi divulgado 20 minutos depois do fim da votação.
Em nota, o Corinthians voltou a falar em unificação no clube. "A atual diretoria do Corinthians lamenta a opção dos demais concorrentes em resistir ao resultado das urnas e à democracia que sempre foi tão cara à história do clube. A direção eleita continuará insistindo na união dos diferentes grupos, visando o bem comum daqueles que desejam um Corinthians cada vez mais forte, e informa que suas instalações estão à disposição da Justiça para eliminar quaisquer dúvidas sobre o pleito", disse.
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