Basta subir alguns degraus de escada e chegar a uma linha de trem, logo atrás do CT que receberá a seleção brasileira em Sochi, na Rússia, para se ter uma boa visão do campo em que os jogadores da seleção irão treinar.
Isso agora, a cem dias do Mundial, porque, durante a competição, qualquer tipo de observação será mais difícil.
A CBF usará a estrutura de alambrados de uma pequena arquibancada já existentes no local para colocar banners e placas que praticamente acabarão com a visão de torcedores, jornalistas, fotógrafos e até possíveis espiões que estiverem fora do CT.
A decisão foi tomada na terça-feira (27), durante visita de inspeção comandada por Edu Gaspar, coordenador da CBF. Ele esteve em Sochi, local escolhido como sede da CBF, para participar de workshop da Fifa para a Copa-2018.
O trabalho da montagem dessa estrutura começará em 30 de abril e foi autorizada pelo governo de Sochi, responsável pelo local.
Consultada, a CBF afirmou que não se trata de uma medida de contraespionagem, mas sim para embelezamento do local e uma melhor comunicação visual. Segundo a confederação, espionagem não é uma preocupação.
Esse será o campo mais utilizado pela equipe brasileira durante a sua estadia. Ao lado dele, fica o estádio Slava Metreveli, que também receberá algumas atividades, entre elas, o treino aberto a torcedores, exigido pela Fifa. Com capacidade para 10 mil espectadores, o estádio receberá cerca de 5 mil pessoas.
GRAMADO
O trabalho de adequação do CT para receber a seleção está bem adiantado. O campo em que será realizada a maior parte dos treinos já está com grama natural —antes o campo era de grama artificial. Mesmo assim, ainda é possível ver alguns buracos.
Bandeirinhas de escanteio e as traves também já foram instaladas, assim como os assentos do banco de reservas.
No estádio Slava Metreveli, o gramado ainda estava com uma cobertura, para proteger da chuva e do vento, uma vez que ainda não está no estado ideal.
Visualmente, o avanço, porém, foi grande desde dezembro, quando a Folha visitou o local. À época, a grama ainda não havia sido plantada.
As arquibancadas também serão pintadas para dar um aspecto ao palco que receberá a seleção pentacampeã.
Os dois campos ficam a cerca de 300 metros do Swisôtel Kamelia, que hospedará jogadores e familiares ao menos até as oitavas de final.
Remodelado em 2014 para os Jogos Inverno, o hotel conserva intacta a aura dos tempos da União Soviética, tanto na fachada como em seus jardins e escadarias.
O local conta com uma praia e um porto privativo, o que possibilitará aos atletas fazerem excursões pelo mar Negro em momentos de folga dos treinamentos.
A segurança desde já é ostensiva e todos os carros que passam pelo portão de entrada são verificados em busca de algum artefato explosivo.
A chegada da seleção brasileira em Sochi está prevista para o dia 10 de junho, sete dias antes da estreia na Copa do Mundo, no dia 17, contra a Suíça, em Rostov-do-Don.
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