Seleção prepara casa com barreira contra espiões na Rússia

Linha de trem próxima ao CT possibilitaria que curiosos espionassem trabalho de Tite

Vista desde linha de trem do campo que será utilizado para treinos da seleção brasileira em Sochi durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia
Vista desde linha de trem do campo que será utilizado para treinos da seleção brasileira em Sochi durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia - Fábio Aleixo/Folhapress
 
Fábio Aleixo
Sochi (Rússia)

​Basta subir alguns degraus de escada e chegar a uma linha de trem, logo atrás do CT que receberá a seleção brasileira em Sochi, na Rússia, para se ter uma boa visão do campo em que os jogadores da seleção irão treinar.

Isso agora, a cem dias do Mundial, porque, durante a competição, qualquer tipo de observação será mais difícil.

A CBF usará a estrutura de alambrados de uma pequena arquibancada já existentes no local para colocar banners e placas que praticamente acabarão com a visão de torcedores, jornalistas, fotógrafos e até possíveis espiões que estiverem fora do CT.

A decisão foi tomada na terça-feira (27), durante visita de inspeção comandada por Edu Gaspar, coordenador da CBF. Ele esteve em Sochi, local escolhido como sede da CBF, para participar de workshop da Fifa para a Copa-2018.

O trabalho da montagem dessa estrutura começará em 30 de abril e foi autorizada pelo governo de Sochi, responsável pelo local.

Consultada, a CBF afirmou que não se trata de uma medida de contraespionagem, mas sim para embelezamento do local e uma melhor comunicação visual. Segundo a confederação, espionagem não é uma preocupação.

Esse será o campo mais utilizado pela equipe brasileira durante a sua estadia. Ao lado dele, fica o estádio Slava Metreveli, que também receberá algumas atividades, entre elas, o treino aberto a torcedores, exigido pela Fifa. Com capacidade para 10 mil espectadores, o estádio receberá cerca de 5 mil pessoas.

Centro de treinamento da seleção brasileira de futebol para a Copa do Mundo de 2018, em Sochi, na Rússia
Centro de treinamento da seleção brasileira de futebol para a Copa do Mundo de 2018, em Sochi, na Rússia - Fábio Aleixo/Folhapress

GRAMADO

O trabalho de adequação do CT para receber a seleção está bem adiantado. O campo em que será realizada a maior parte dos treinos já está com grama natural —antes o campo era de grama artificial. Mesmo assim, ainda é possível ver alguns buracos.

Bandeirinhas de escanteio e as traves também já foram instaladas, assim como os assentos do banco de reservas.

No estádio Slava Metreveli, o gramado ainda estava com uma cobertura, para proteger da chuva e do vento, uma vez que ainda não está no estado ideal.

Visualmente, o avanço, porém, foi grande desde dezembro, quando a Folha visitou o local. À época, a grama ainda não havia sido plantada.

As arquibancadas também serão pintadas para dar um aspecto ao palco que receberá a seleção pentacampeã.

Os dois campos ficam a cerca de 300 metros do Swisôtel Kamelia, que hospedará jogadores e familiares ao menos até as oitavas de final.

Remodelado em 2014 para os Jogos Inverno, o hotel conserva intacta a aura dos tempos da União Soviética, tanto na fachada como em seus jardins e escadarias. 

O local conta com uma praia e um porto privativo, o que possibilitará aos atletas fazerem excursões pelo mar Negro em momentos de folga dos treinamentos.

A segurança desde já é ostensiva e todos os carros que passam pelo portão de entrada são verificados em busca de algum artefato explosivo. 

A chegada da seleção brasileira em Sochi está prevista para o dia 10 de junho, sete dias antes da estreia na Copa do Mundo, no dia 17, contra a Suíça, em Rostov-do-Don.

 
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