Final do Paulista opõe entrosamento e instabilidade

Corinthians sofre com ataque e Palmeiras levou dois gols em sete jogos

O zagueiro Thiago Martins comemora o primeiro gol do Palmeiras na vitória por 2 a 0 sobre o Alianza Lima, no Allianz Parque
O zagueiro Thiago Martins comemora o primeiro gol do Palmeiras na vitória por 2 a 0 sobre o Alianza Lima, no Allianz Parque - Cesar Greco/Palmeiras/Divulgação
Alex Sabino Luiz Cosenzo
São Paulo

Minutos após a derrota por 1 a 0 na primeira partida da final do Paulista, o técnico Fábio Carille foi sucinto sobre a segunda decisão contra o Palmeiras, marcada para este domingo (8), às 16h, no Allianz Parque: “Nós temos de achar uma solução.” 

Depois de perder em casa no último sábado (31), o Corinthians precisa fazer gols. Vitória por dois gols de diferença na casa do rival lhe dá o título. Vantagem mínima leva a decisão do troféu para a disputada de pênaltis. 

O Palmeiras, com apenas dois gols sofridos nas últimas sete partidas da competição, joga pelo empate. Os dois gols aconteceram na volta das semifinais, diante do Santos.

Não que Roger Machado planeje administrar isso. A opção para a vaga do suspenso Felipe Melo é Moisés. Quem sai é um volante de marcação. Quem entra é um meia mais ofensivo.

Não é mudança de quem aposte no 0 a 0.

“Nós não vamos mudar a característica do nosso jogo por causa da vantagem. Não vamos sentar em cima da vantagem”, afirma Roger Machado, que manteve Jailson como titular no gol e a dupla de zaga com Antonio Carlos e Thiago Martins.

No total, em 17 partidas até agora no Estadual, o Palmeiras sofreu dez gols. Média de 0,6 gol sofrido por jogo.

A defesa atua melhor fora do Allianz Parque do que dentro. Em seu estádio, o Palmeiras sofreu seis gols em sete partidas (média de 0,85). Fora dele, foram quatro em dez confrontos (0,4). 

Uma das vantagens de Machado foi ter mantido a mesma base até agora. 

“Facilita quando você pode usar os mesmos jogadores. Mas estamos com os pés no chão”, disse o lateral direito Marcos Rocha, contratado nesta temporada. 

Mudanças

É uma estabilidade que o Corinthians não teve ofensivamente. Carille tem mudado a equipe tentando achar a formação mais produtiva.

Na segunda partida da decisão, Jadson deve entrar no meio-campo ao lado de Rodriguinho para tentar resolver o problema de criação.

Além de ter feito apenas um gol nos últimos três jogos, a equipe tem criado poucas oportunidades. 
“Cruzamos a bola na área, mas não temos nenhum jogador de referência lá dentro”, constata Carille.

E não terá neste domingo. A tendência é que ele escale Romero e Mateus Vital abertos pelas pontas para que Rodriguinho e Jadson apareçam pelo meio. Emerson Sheik ainda pode ser escalado. 

O atacante Emerson Sheik poderá ser uma das opções de ataque do Corinthians na final deste domingo
O atacante Emerson Sheik poderá ser uma das opções de ataque do Corinthians na final deste domingo - Ronny Santos - 14.mar.18/Folhapress

A formação será definida no treino deste sábado (7) pela manhã, que será fechado para a imprensa.

O atacante Pedrinho seria outra possibilidade pelos lados do campo, mas o técnico não acredita que o garoto de 19 anos tenha condição física para suportar os 90 minutos do jogo. Clayson não poderá atuar por ter sido expulso no último sábado. 

A opção para ter um jogador mais alto na área é Júnior Dutra (1,84 m), mas ele deve ficar no banco.
Uma das principais opções ofensivas do Corinthians se torna a bola aérea. Por isso o zagueiro Balbuena é, ao lado de Jadson, o artilheiro do Corinthians no Campeonato Paulista, com três gols.

O lance que fez o Corinthians chegar à decisão saiu de escanteio e cabeçada de Rodriguinho, nos acréscimos da semifinal contra o São Paulo. 

O técnico Roger Machado não gosta dessa conversa, mas a defesa pode ser responsável por dar ao Palmeiras o título paulista. O Corinthians precisa sair da improdutividade ofensiva, nem que seja por um instante, como aconteceu diante do São Paulo. 

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