Histórico da seleção em Copas inspira reservas na luta por vaga na equipe

Desde 1974, pelo menos uma mudança é feita do primeiro para o último jogo

Luiz Cosenzo Sérgio Rangel
Londres

"Nem sempre quem começa como titular na Copa termina como titular". A declaração é do zagueiro Thiago Silva, mas está bem ensaiada pelos reservas de Tite.

Filipe Luís e Fred, que concederam entrevista na semana passada, fizeram discurso semelhante, esperançosos em ganhar a vaga durante a Copa do Mundo da Rússia. A expectativa é corroborada pelo histórico da seleção em Copas.

Desde 1974, pelo menos uma mudança é feita na escalação do Brasil da estreia ao último jogo no Mundial --sem contar a decisão de terceiro lugar, quando os técnicos costumam escalar atletas que tiveram poucas chances de atuar durante a competição.

Thiago Silva foi reserva com Tite nas eliminatórias, mas mira uma vaga na equipe titular da Copa
Thiago Silva foi reserva com Tite nas eliminatórias, mas mira uma vaga na equipe titular da Copa - Peter Cziborra/Reuters

Algumas das alterações foram significativas. No Mundial de 2014, Felipão tinha Daniel Alves e Paulinho como titulares antes de a bola rolar.

Sem o time convencer, o técnico promoveu Fernandinho como titular no meio de campo nas oitavas. Maicon assumiu a lateral direita na fase seguinte, sendo mantido até a decisão do terceiro lugar contra a Holanda.

No grupo atual, Tite ainda tem dúvidas na formação titular que estreará contra a Suíça. Willian e Fernandinho disputam a vaga de Renato Augusto.

Danilo e Fagner tentam herdar a camisa 2 de Daniel Alves, cortado por lesão no joelho direito na semana anterior ao anúncio dos 23 convocados para o Mundial da Rússia.

Durante as eliminatórias, o técnico manteve quase a mesma escalação da sua estreia, contra o Equador, até o último jogo do classificatório, contra o Chile. A única mudança foi a entrada de Philippe Coutinho no lugar de Willian.

Em 2010, houve apenas uma modificação da equipe que estreou contra a Coreia do Norte para a eliminada pela Holanda. Sem o meio-campista Elano, contundido após a segunda rodada, Dunga improvisou Daniel Alves no setor.

Já na Alemanha, em 2006, Parreira desfez o "quadrado mágico" formado por Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e Adriano e escalou Juninho Pernambucano na vaga do último. Antes, já havia colocado Gilberto Silva no lugar do Emerson.

"Vejo esses jogadores que conquistaram uma vaga com muito trabalho. Não penso diferente", afirmou Fred.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.