Descrição de chapéu Copa do Mundo

Argentino apita final da Copa; veja lista de árbitros das outras decisões

Néstor Pitana será o segundo da história a atuar em abertura e último jogo de Mundial

São Paulo

A final da Copa do Mundo de 2018, entre Croácia e França, disputada logo mais, às 15h, em Moscou, será apitada pelo argentino Néstor Pitana, 43. 

É apenas a segunda vez em Mundiais que o árbitro escolhido para a abertura –Pitana apitou Rússia 5x0 Arábia Saudita, em 14 de junho– também atua na final da competição. 

O outro juiz a fazê-lo foi o compatriota de Pitana Horácio Elizondo, em 2006. Ele apitou a abertura da Copa do Mundo da Alemanha, quando os anfitriões venceram a Costa Rica por 4x2, e o último jogo do torneio, que culminou no título da Itália nos pênaltis após empate por 1x1 com a França no tempo normal e na prorrogação. 

O árbitro argentino Néstor Pitana em ação na partida entre Uruguai e França, pelas quartas de final da Copa de 2018, em Nijni Novogorod
O árbitro argentino Néstor Pitana em ação na partida entre Uruguai e França, pelas quartas de final da Copa de 2018, em Nijni Novogorod - Franck Fife - 6.jul.2018/AFP

"Muito raramente senti algo comparável a isso na minha vida. Esse sentimento, esse entusiasmo...Em termos de sacrifício e responsabilidade que isso envolve, talvez possa compará-lo ao momento que descobri que seria pai. É um sonho para toda criança que ama futebol estar na final da Copa", disse Pitana em entrevista à Fifa na sexta-feira (13), logo após ser anunciado na decisão.

O argentino terá a responsabilidade de apitar a primeira Copa do Mundo na qual os juízes têm auxílio do VAR (árbitro de vídeo). Por causa das revisões proporcionadas pela tecnologia, o Mundial tem sido chamado por alguns de copa da arbitragem. 

A Fifa informou que, até o fim das semifinais, foram feitas cerca de 440 intervenções via VAR. Destas, 19 geraram revisão. Houve 16 decisões alteradas de erradas para certas. No total, 99,32% de decisões finais estavam corretas.

"Não é 100%, mas é um grande número. Futebol é esporte de contato, e nem todo contato é falta", disse o presidente da entidade, Gianni Infantino, na sexta.

Além da abertura, Pitana atuou em outras três partidas neste Mundial (México 0x3 Suécia, pela primeira fase, Croácia 1x1 Dinamarca, pelas oitavas de final, e Uruguai 0x2 França, pelas quartas), sempre auxiliado pelos conterrâneos Pablo Belatti e Hernan Maidana, que também estarão na decisão.

Antes de virar juiz, Pitana trabalhou como ator, segurança de boate, jogador de basquete, socorrista e professor de educação física. Ele se formou árbitro em 2006 e desde 2010 está credenciado para atuar em jogos internacionais.

O argentino esteve também no Mundial de 2014, no qual apitou quatro jogos, mas não pôde participar da final, já que seu país natal disputaria o título.

Confira os árbitros de todas as finais de Copas

2014 – Nicola Rizzoli (Itália)
2010 – Howard Webb (Inglaterra)
2006 – Horacio Elizondo (Argentina)
2002 – Pierluigi Collina (Itália)
1998 – Said Beqola (Marrocos)
1994 - Sándor Puhl (Hungria)
1990 – Edgardo Codesal (México)
1986 – Romualdo Arppi Filho (Brasil)
1982 – Arnaldo César Coelho (Brasil)
1978 – Sergio Gonella (Itália)
1974 – John Keith Taylor (Inglaterra)
1970 – Rudi Gloeckner (Alemanha Oriental)
1966 – Gottfried Dienst (Suíça)
1962 – Nikolai Latyshev (União Soviética)
1958 – Maurice Guigue (França)
1954 – William H.E. Ling (Inglaterra)
1950 – George Reader (Inglaterra)
1938 – Georges Capdeville (França)
1934 – Ivan Eklind (Suécia)
1930 – Jean Langenus (Bélgica)

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.