Descrição de chapéu Liga dos Campeões 2019

Brasileiros são maioria em campo na fase de grupos da Champions League

Com 10% dos jogadores, Brasil superou potências europeias e sul-americanas na última rodada

Neymar gesticula durante jogo do Paris Saint-Germain diante do Liverpool, pela quinta rodada da Liga dos Campeões - Andrew Boyers/Reuters
Paulo Vinicius Coelho
Rio de Janeiro

A Champions League define, nesta terça-feira (11), os donos das quatro vagas que restam para as oitavas de final, com a expectativa de que 10% dos jogadores escalados sejam brasileiros. Foi essa a quantidade na última rodada e a média na temporada 2018/2019.

Há mais brasileiros escalados (45) do que franceses (37), espanhóis (33), holandeses (25), alemães (22) ou ingleses (20). Com 11 titulares e 3 reservas, até 448 jogadores podem atuar por rodada na fase de grupos.

Entre os sul-americanos, historicamente exportadores, 14 argentinos e 7 uruguaios foram escalados há duas semanas, quando 12 clubes garantiram vagas nas oitavas.

Dos 32 times na fase de grupos, apenas três não têm brasileiros: Borussia Dortmund, Viktoria Plzen e Young Boys. Mas a conta acima não trata de quem faz parte da equipe, inclui apenas os que de fato entraram em campo.

É possível discutir a qualidade dos brasileiros. Há jogadores de seleção, como Arthur, do Barcelona, Marquinhos, do Paris Saint-Germain, Alisson, do Liverpool e Allan, do Napoli, recém-convocado por Tite.

Protagonistas, como Neymar, e coadjuvantes, como Rodrigo Galo, que começou no Avaí e pertence ao AEK Atenas. Jovens promessas, como David Neres, ex-São Paulo, hoje no Ajax, e veteranos, como Thiago Silva, do PSG.

O que parece incrível é notar que, num período em que se discute a capacidade do Brasil para revelar jogadores, o maior torneio de clubes do mundo escale mais brasileiros do que atletas europeus. A Itália escalou apenas 14 na última rodada. São três vezes mais brasileiros do que italianos.

 

Sempre houve estrangeiros. O Real Madrid, pentacampeão europeu em 1960, reunia os argentinos Dominguez e Di Stéfano, o uruguaio Santamaria, o brasileiro Canário e o húngaro Puskas.

Mas, a partir de 1996, quando os jogadores europeus passaram a jogar sem restrição de nacionalidade, desde que portando passaportes da Comunidade Europeia, como em qualquer outra profissão, houve uma explosão. 

O Chelsea, em 1999, foi o primeiro time de uma grande liga a escalar 11 titulares sem que nenhum fosse nativo do seu país.

Em 2010, a Inter de Milão ganhou a Champions League com 11 estrangeiros e o técnico português José Mourinho no banco de reservas.


Desde 1999, quando Manchester United e Bayern de Munique fizeram a decisão da Champions, todas as finais têm jogadores brasileiros. O Liverpool, em 2005, foi o último campeão e o único neste século sem brasileiros.

Tanto na quinta rodada da fase de grupos deste ano quanto na última da fase de grupos do ano passado, uma semelhança: dentre trocas de camisas e nomes, em ambas 45 brasileiros entraram em campo por 24 equipes diferentes.

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