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Em contagem controversa, F-1 chega à sua milésima prova no GP da China

Categoria considera provas das 500 Milhas de Indianápolis, ignoradas pelas principais equipes

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São Paulo

Neste final de semana, a F-1 comemora sua corrida de número mil com a realização do GP da China. Mas, a rigor, este não é o milésimo GP da categoria. Devido um acordo feito em 1950 para que as 500 Milhas de Indianápolis contassem pontos para o Mundial, as contas oficiais não batem com as reais.

No total, 11 edições da Indy 500 (de 1950 a 1960) foram incluídas como parte do campeonato organizado pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) a partir de 1950. Em termos de nomenclatura, as 500 Milhas eram chamadas de “corrida do campeonato mundial”, mas nunca de GP.

Na prática, o fato de a prova ser disputada em circuito oval e nos Estados Unidos, muito longe das etapas europeias e das próprias sedes das equipes, dificultava a presença de carros e pilotos da F-1 nas 500 Milhas de Indianápolis.

Ao analisar o histórico de resultados, é possível perceber como a Indy 500 era uma corrida à parte do resto da F-1.

O maior vencedor da prova no período é o americano Bill Vukovich, primeiro colocado nas provas de 1954 e 1955. Ele nunca disputou corridas de F-1 em outros circuitos. 

Mas havia quem de fato tratasse a prova americana como parte do calendário.

Em 1952 o italiano Alberto Ascari, que viria a ser campeão mundial de F-1 naquele ano e repetiria a dose no seguinte, se classificou para disputar as 500 milhas com sua Ferrari.

O piloto largou em 19º de 33 classificados, mas não completou a prova, abandonando na 40ª das 200 voltas.

Já o argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão de F-1, tentou se classificar em 1958, mas não conseguiu.

A Indy 500 começou a ser disputada em 1911 e começou a contar como uma prova do calendário da F-1 na temporada de estreia da categoria, em 1950. Naquele ano, foram disputadas sete provas e somente a corrida americana acontecia fora da Europa. Incluir as 500 Milhas foi a forma encontrada para legitimar a categoria como de âmbito global.

Curiosamente, foi só depois da saída da prova do calendário, em 1961, que as equipes da europeias começaram a aparecer com mais frequência do outro lado do Atlântico.

Caso a F-1 fosse mais estrita com o termo GP e desconsiderasse as 11 provas em Indianápolis, a prova de número mil seria o GP da Itália.

Tecnicalidades à parte, o que está sendo chamado de milésimo GP será realizado neste final de semana, em Xangai, com largada às 3h10 da madrugada do domingo (14).

OUTROS DADOS DA F-1

PILOTO MAIS NOVO A VENCER UM GP

Max Verstappen (HOL)
18 anos, 7 meses e 15 dias
GP da Espanha de 2016

PILOTO MAIS VELHO A VENCER UM GP
Luigi Fangioli (ITA)
53 anos e 22 dias
GP da França de 1951

PILOTO COM MAIS VITÓRIAS CONSECUTIVAS

Sebastian Vettel (ALE)
9 vitórias em 2013

PILOTO QUE ABANDONOU MAIS CORRIDAS

Riccardo Patrese (ITA)
147 abandonos

PILOTO QUE FICOU MAIS GPS SEGUIDOS SEM CONSEGUIR TERMINAR UMA PROVA

Andrea de Cesaris (ITA)
22 provas (GP da Austrália de 1986 a GP do Canadá de 1988)

EQUIPE QUE DISPUTOU MAIS GPS SEM NUNCA VENCER
Sauber - 373

GP EM QUE MENOS PILOTOS TERMINARAM A PROVA
GP de Mônaco de 1996
3

Com informações do UOL.

Na TV
GP da China de F-1
3h10 (de domingo), Globo

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