Filho de Tite sobe na hierarquia da seleção brasileira

Na comissão técnica, Matheus Bachi só está abaixo do pai e de Cleber Xavier

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São Paulo

Virou cena corriqueira na seleção brasileira uma pergunta ser endereçada ao treinador Tite, 58, e imediatamente repassada por ele ao auxiliar Cleber Xavier, 55. Logo abaixo deles na hierarquia da comissão técnica verde-amarela está Matheus Bachi, 30, filho do comandante.

Matheus ganhou espaço com a saída de Sylvinho, 45, anunciada no dia da convocação para a Copa América. O ex-jogador aceitou uma proposta para dirigir o Lyon, da França, e Tite decidiu que não havia a necessidade da contratação de um novo profissional.

Tite e seu filho Matheus Bachi durante treino da seleção brasileira
Tite e seu filho Matheus Bachi durante treino da seleção brasileira - Lucas Figueiredo-18.jun.18/CBF

"O Matheus passa a ser o terceiro. É o Cleber e o Matheus, dois auxiliares técnicos", disse o treinador, justificando a opção por não buscar outro membro para o grupo. "A gente traz dentro da estrutura da seleção essa continuidade."

O filho de Tite chegou à comissão da seleção junto com o pai, em 2016. Após anos de sucesso no Corinthians, o técnico chegou à equipe verde-amarela quase como unanimidade e foi pouco questionado por levar com ele o jovem. Quando isso ocorreu, defendeu sua capacidade.

Matheus acompanha o pai desde 2015, quando foi contratado pelo Corinthians. Depois de estudar nos Estados Unidos, ele ganhou um estágio no Caxias — clube que colocou Tite no cenário do futebol brasileiro, no início do século — e acabou sendo levado à equipe do Parque São Jorge.

Para que a parceria continuasse na seleção, foi necessário que a CBF driblasse seu próprio código de ética, que vetava a contratação de parentes de funcionários. Um remendo foi feito para que exceções fossem permitidas no departamento de futebol.

Como fazia no Corinthians, Matheus se manteve bastante discreto. Ele tem a voz pouco ouvida nos treinamentos, limitando-se à montagem da estrutura necessária — como a colocação de fitas demarcatórias e cones — e ao papel de bandeira em atividades táticas.

A contribuição maior, pelo que descrevem pessoas próximas da comissão, ocorre longe dos holofotes, nas discussões sobre o time. O jovem coloca sua opinião, e Tite lhe deu crédito por algumas das decisões tomadas à frente da equipe nacional.

Na última Copa do Mundo, ele se comunicava com o chefe das tribunas dos estádios, algo que passou a ser permitido pela Fifa na competição. Matheus, que também costuma fazer relatórios sobre os futuros adversários, passava sua visão sobre a situação tática das partidas.

Agora, essa voz ganhou importância. Nas decisões técnicas sobre a seleção, como reiterou Tite, Matheus só está abaixo do próprio pai e do assistente Cleber Xavier.

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