Com o tratamento atual, o VAR é um desastre.
Mexeram com a essência do futebol, que é o gol. O cara não vibra como poderia vibrar ou vibra depois de seis minutos. Isso é o principal.
Mudou o comportamento dos jogadores. Criou-se o hábito de reclamar sempre porque, com as reclamações acintosas, o VAR pensa: "Será que tem alguma coisa que não vi?". Aí, vai pesquisar e gasta 6, 7, 10 minutos para ver o lance. A França foi campeã do mundo usando esse recurso da estreia à final.
Os árbitros perderam sua função. Você pode botar um gandula de bandeirinha. Ele entra ali para marcar lateral e fica com a bandeira para baixo nos lances de impedimento. Se sair o gol, vão revisar. Se vão revisar de qualquer maneira, para que levantar?
A marcação do impedimento não se resume àquela linha que traçam no gramado. A imagem tem de ser pausada no exato momento do passe. Já houve lances em que a imagem usada não era a do momento do passe.
Também não pode ser ignorado o negócio VAR. Os mesmos dirigentes que estão hoje na Fifa e decidiram implantar a arbitragem de vídeo eram contra quando estavam na Uefa. Agora, a entidade ministra cursos no mundo todo por uma grana alta. Sem falar nas empresas responsáveis pela operação.
Por isso e por não concordar com essa intolerância com o erro humano, sou cético. Da forma que está, o VAR é um desastre.
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