Com 2 quartos lugares, Brasil encerra Mundial de atletismo sem pódio

País tinha chance de medalha no arremesso de peso e no revezamento 4 x 100 m

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São Paulo

O Brasil obteve dois quartos lugares neste sábado (5), penúltimo dia do Mundial de atletismo de Doha, no Qatar, e encerrou sua participação na competição sem medalhas.

A principal esperança de pódio para o país era com Darlan Romani, 28, que havia se classificado para a final do arremesso de peso em segundo lugar. Na final, ele melhorou sua marca e arremessou para 22,53 m, superando seu objetivo pessoal de ultrapassar os 22,50 m, mas terminou em quarto.

“Eu estava tranquilo porque o que a gente [equipe técnica] tinha qualificado [como meta] para o ano era arremessar acima de 22,50 m”, disse ao canal SporTV após a prova, mostrando-se surpreso com a marca dos adversários, mas feliz pelo próprio desempenho.

Darlan chegou a ficar em segundo e esteve entre os três primeiros até a última rodada de arremessos. Foi quando o americano Joe Kovacs assumiu a ponta, com 22,91 m, e conquistou o ouro. Ele superou o compatriota Ryan Crouser e o neozelandês Tomas Walsh, ambos com 22,90 m —a prata ficou com os Estados Unidos pelo critério de desempate (segundo melhor arremesso).

Darlan Romani durante o Mundial de atletismo em Doha, no Qatar
Darlan Romani durante o Mundial de atletismo em Doha, no Qatar - Kai Pfaffenbach/Reuters

A final foi disputada em alto nível. Os quatro melhores colocados bateram o recorde da competição. O arremesso de Kovacs igualou o terceiro melhor da história. O recorde mundial (23,12 m) pertence ao americano Randy Barnes, e foi obtido em 1990.

Darlan ultrapassou os 22 m apenas na última temporada, no Troféu Brasil. Em junho, o atleta entrou no Top 10 de todos os tempos do esporte. Naquele mês, ele arremessou o peso a 22,61 metros, quebrando também o recorde sul-americano.

Ele foi o quinto colocado na Olimpíada do Rio, em 2016, é bicampeão sul-americano e ganhou a medalha de ouro no Pan de Lima.
 

Revezamento

O outro quarto lugar brasileiro veio na final do revezamento 4 x 100 m masculino.

Com um tempo de 37s72, a equipe composta por Paulo André, Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos e Derick Silva bateu o recorde sul-americano da prova, mas não foi o suficiente para garantir uma medalha. O resultado, porém, foi garantiu uma vaga para o revezamento brasileiro na Olimpíada de Tóquio, em 2020.

“Fizemos essa marca muito boa, a realidade do Brasil hoje é o 4 x 100 m. Vamos melhorar individualmente para trazer bons resultados. Continuem confiando na gente”, disse Paulo André.

O ouro ficou com os EUA, que fez o percurso em 37s10, segundo melhor tempo da história. A prata foi para o time da Grã-Bretanha, com o tempo de 37s36 e o bronze para o Japão, com 37s43.

Erramos: o texto foi alterado

O texto informou equivocadamente que o Brasil havia encerrado sua participação no Mundial antes de atletas brasileiros disputarem a maratona

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