Globo exibe final que deu tetra ao Brasil em 94; conheça os jogadores

Decisão da Copa contra a Itália é reprise da emissora neste domingo, às 16h

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São Paulo

Na onda das reprises em meio à pandemia de coronavírus, a Globo exibe neste domingo (26), às 16h, o confronto entre Brasil e Itália, válido pela final da Copa do Mundo de 1994, nos EUA. O jogo marcou o tetracampeonato mundial e o fim de um tabu de 24 anos sem a maior conquista do futebol pela seleção brasileira.

A equipe comandada pelo técnico Carlos Alberto Parreira apresentava um futebol burocrático desde antes do início do torneio, mas tinha na dupla Bebeto e Romário, no goleiro Taffarel e na liderança do capitão Dunga os pilares para chegar na disputa da tão sonhada taça.

Do outro lado do campo, a também tricampeã Itália —hoje tetra— tinha suas virtudes. Uma defesa e um meio de campo fortes.

Entre vários grandes nomes daquela equipe se destacavam o zagueiro Franco Baresi, considerado um dos maiores defensores de todos os tempos, e o camisa 10 da equipe, Roberto Baggio. Ambos, para azar dos italianos, desperdiçaram suas cobranças de pênaltis, o que culminou no título brasileiro.

Para refrescar a memória daqueles que assistiram ao jogo em 1994 e para apresentar àqueles que não tiveram a oportunidade de ver a conquista do tetra, confira quem eram os jogadores que formaram as duas seleções finalistas daquela Copa.

Equipe brasileira

Taffarel, 53

Goleiro do Brasil nas Copas de 1990, 1994 e 1998, viveu seu grande momento no Mundial dos Estados Unidos, após uma temporada na qual chamou a atenção no pequeno Reggiana, da Itália. Teve participação fundamental na conquista, com defesas importantes na final —uma delas na disputa por pênaltis. Hoje, é preparador dos goleiros da seleção.

Gilmar, 61

Reserva de Taffarel em 1994, acabou não entrando em campo nos Estados Unidos. Teve uma carreira robusta defendendo Internacional, São Paulo, Flamengo e Cerezo Osaka antes de se tornar empresário de jogadores. Chegou também a trabalhar como coordenador da seleção brasileira, entre 2014 e 2016.

Zetti, 55

Terceiro goleiro na campanha do tetra, não jogou durante o Mundial. Foi titular do Palmeiras em 1987, mas ganhou destaque mesmo vestindo a camisa do rival São Paulo, clube pelo qual conquistou duas Libertadores e dois Mundiais.

Cafu, 49

Lembrado especialmente como capitão do penta, também atuou no tetra, como reserva de Jorginho, entrando em três partidas. Uma delas foi a final, na qual o titular teve um problema físico e saiu logo aos 21 minutos do primeiro tempo. O lateral direito quase participou do gol do título, dando passe desperdiçado por Bebeto, sem goleiro. Depois, jogou mais três edições da Copa.

Jorginho, 55

Titular do Brasil em 1990 e 1994, teve participação importante na conquista nos Estados Unidos. A dura vitória por 1 a 0 sobre a Suécia, na semifinal, foi definida em um cruzamento preciso do lateral direito para Romário. Voltou à seleção como auxiliar técnico de Dunga e hoje trabalha como treinador. Em 2019, dirigiu o Coritiba.

Márcio Santos, 50

Não saiu de campo um minuto durante a campanha vitoriosa do Brasil em território norte-americano. Errou sua cobrança na disputa por pênaltis com a Itália, na decisão, parando em Pagliuca, mas a falha não lhe custou o título. À época, era zagueiro do Bordeaux. Ainda defendeu a Fiorentina e o Ajax antes de retornar a seu país e atuar em times como Atlético-MG e São Paulo.

Aldair, 54

Começou a Copa de 1994 na reserva, mas substituiu o lesionado Ricardo Rocha ainda na estreia e não saiu mais —até a final de 1998. Zagueiro de boa qualidade técnica, conquistou espaço na Itália, onde era altíssima a exigência com os defensores. Depois de surgir no Flamengo e passar pelo Benfica, defendeu a Roma de 1990 a 2003.

Ricardo Rocha, 57

Ganhou a posição durante a Copa de 1990 e chegou como titular à de 1994. Logo na estreia, porém, na vitória por 2 a 0 sobre a Rússia, sofreu uma lesão que o tirou do resto da competição. Defendeu vários grandes clubes em sua produtiva carreira e, depois de aposentado, atuou como comentarista e dirigente.

Ronaldão, 54

Zagueiro de força física, foi convocado por Carlos Alberto Parreira e acompanhou o Mundial de 1994 do banco de reservas. Àquela altura, já havia tido bom desempenho no São Paulo e se transferido para o futebol japonês. De volta ao Brasil, jogou por Flamengo, Santos, Coritiba e Ponte Preta antes de pendurar as chuteiras.

Branco, 56

Já havia atuado nas Copas de 1986 e de 1990, mas viveu seu grande momento em 1994. Assumiu a lateral esquerda após a suspensão de Leonardo e foi decisivo sobretudo na suada vitória por 3 a 2 sobre a Holanda, nas quartas de final: cavou a falta e marcou o gol que definiu o placar. Rodou bastante em sua movimentada carreira e se tornou dirigente. Hoje, é coordenador das seleções brasileiras de base.

Leonardo, 50

Era o lateral esquerdo titular no Mundial até a sua expulsão após acertar uma cotovelada em Tab Ramos, dos EUA, nas oitavas de final. O lance foi tão forte que a Fifa decidiu excluir Leonardo da Copa. O jogador teve passagens por Flamengo, São Paulo, PSG --atualmente é diretor da equipe francesa--, Milan e Kashima Antlers.

Mauro Silva, 52

Formava com Dunga uma dupla de volantes que dava sustentação ao meio-campo do time brasileiro em 1994. Naquele momento, já havia trocado o Bragantino, clube em que apareceu bem, pelo Deportivo La Coruña, da Espanha, equipe na qual ficou por mais de uma década, até o fim da carreira.

Dunga, 56

A conquista do tetra foi o renascimento do ex-volante, antes marcado de forma negativa pela derrota da seleção brasileira para a Argentina na Copa de 1990. No Mundial de 1994, marcou de forma implacável, liderou a equipe como capitão e bateu pênalti na decisão. Hoje sem clube, o ex-jogador treinou a seleção brasileira na Copa de 2010.

Raí, 54

Camisa 10 da seleção naquele Mundial, o meia não conseguiu ter boas atuações e acabou perdendo a posição para o versátil Mazinho. Sucesso com a camisa do São Paulo —clube no qual é dirigente hoje— no início da década de 1990, Raí jogava pelo PSG na época da Copa.

Mazinho, 54

Reserva na primeira fase da Copa do Mundo, ganhou a posição de Raí e foi titular nos quatro jogos de mata-mata nos Estados Unidos. Meia pela direita, exercia função importante no pragmático time de Carlos Alberto Parreira. Após o Mundial, deixou o Palmeiras e viveu anos produtivos na Espanha, defendendo Valencia e Celta.

Zinho, 52

Com seus giros e jogo de poucos erros, valorizava a posse de bola exatamente como pedia o comandante de 1994. Titular em toda a campanha, exerceu papel importante. Formado no Flamengo, teve passagens importantes também por Palmeiras e Grêmio. Aposentado dos gramados, atuou como dirigente e como auxiliar técnico.

Bebeto, 56

Parceiro de Romário no efetivo ataque do Brasil de 1994, marcou três gols na conquista do tetra, um deles definindo o duro triunfo por 1 a 0 sobre os anfitriões Estados Unidos, nas oitavas de final. Nas quartas, ao balançar a rede da Holanda, celebrou simulando embalar um bebê, homenagem histórica ao filho recém-nascido Matheus. Rodou bastante na carreira.

Romário, 54

Grande nome do tetra, fez cinco gols no caminho até a taça. O centroavante, que já tinha sido decisivo na complicada classificação do Brasil ao Mundial, teve papel fundamental na conquista e marcou seu nome na história da seleção. No ano seguinte, trocou o Barcelona pelo Flamengo. Rodou muito, sobretudo em times do Rio, e, nas suas contas, chegou a mil gols na carreira.

Paulo Sérgio, 50

Reserva do ótimo ataque brasileiro em 1994, entrou nas partidas contra Camarões e Suécia, ainda na primeira fase, sem marcar. Depois de aparecer bem no Corinthians, construiu uma carreira sólida na Europa, com boas passagens por Bayer Leverkusen, Roma e Bayern de Munique.

Viola, 51

Já um ídolo bem estabelecido do Corinthians, foi convocado por Parreira e estreou no Mundial no segundo tempo da prorrogação da decisão. Entrou bem, levando o Brasil à frente, em seus únicos 15 minutos em campo em uma Copa. Após breve passagem pelo Valencia, voltou ao Brasil e jogou em diversos clubes, marcando muitos gols por Palmeiras, Santos e Vasco.

Ronaldo, 43

Com apenas 17 anos na época e ainda sem a alcunha de “Fenômeno”, o atacante do Cruzeiro viu toda a competição do banco de reservas, por mais que já despertasse os olhares dos principais clubes do mundo. Ronaldo teve sólida carreira no futebol mundial, com passagens por PSV, Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão, Milan e Corinthians, e atualmente é dono do Valladolid da Espanha.

Muller, 54

Defendeu a seleção em amistosos, na Copa América de 1993 e nas eliminatórias para a Copa de 1994. Acabou não sendo convocado para o Mundial dos Estados Unidos. Outro que rodou bastante, o meia teve maior destaque com as camisas de São Paulo e Cruzeiro.

Carlos Alberto Parreira, 77

Jovem preparador físico na conquista do tri, em 1970, no México, Parreira foi o comandante do tetra, em 1994, nos Estados Unidos. Seu time era criticado pelo pragmatismo, mas tirou o Brasil da fila de títulos em Copas do Mundo. Em sua vasta trajetória, ele ainda dirigiu a seleção na Copa de 2006 e foi auxiliar em 2014.

Equipe italiana

Gianluca Pagliuca, 53

Titular da seleção italiana, o goleiro, que teve passagens pela Sampdoria e Inter de Milão era um dos vários pontos fortes da equipe. Na final, protagonizou cena que ficou marcada na história das Copas ao beijar a trave após chute de Mauro Silva tocar nela.

Luca Marchegiani, 54

Disputou a Copa como reserva, mas quando Pagliuca foi expulso no jogo contra a Noruega, entrou em seu lugar. Com a suspensão do goleiro titular, jogou também as partidas contra México, na fase de grupos, e contra a Nigéria, pelas oitavas de final. Era jogador da Lazio na ocasião.

Luca Bucci, 51

Foi reserva de Pagliuca durante toda a campanha. O goleiro construiu sua carreira inteira no futebol italiano, onde atuou por Parma, Reggiana, Torino, Napoli, entre outros.

Mauro Tassotti, 60

Lateral direito da Itália na Copa de 1994, não esteve na decisão contra o Brasil por causa de uma cotovelada no espanhol Luis Henrique, nas quartas de final. O lance não foi visto pela arbitragem, apesar do nariz quebrado e da camisa ensanguentada do adversário, mas a Fifa o puniu por oito jogos. Ele construiu longa carreira no Milan, onde também atuou como auxiliar técnico.

Roberto Mussi, 56

Foi o lateral direito da Itália na decisão. Com carreira estabelecida com passagens significativas por Milan, Torino e Parma, vestiu também a camisa azul na Eurocopa de 1996, com eliminação ainda na primeira fase.

Antonio Benarrivo, 51

Capaz de atuar nas duas laterais, jogou do lado esquerdo no confronto com o Brasil nos Estados Unidos. Passou por equipes menores e se estabeleceu como ídolo do Parma, onde atuou de 1991 a 2004.

Franco Baresi, 59

Tido como um dos maiores zagueiros de todos os tempos, sofreu no segundo jogo da Copa de 1994 uma lesão no joelho e foi dado como fora do torneio. Já um veterano de 34 anos, ele passou por uma cirurgia de menisco e voltou a tempo de atuar os 120 minutos da final, abrindo a disputa por pênaltis com um chute por cima. Jogou toda a vitoriosa carreira no Milan.

Alessandro Costacurta, 54

O defensor atuou em seis dos sete jogos da Itália no Mundial dos Estados Unidos. Ficou fora justamente da final, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Ainda jogou a Copa de 1998 e ficou marcado pela camisa do Milan, que vestiu em quase toda a carreira, de 1985 a 2007, com breve passagem pelo Monza, em 1986/87.

Paolo Maldini, 51

Também considerado um dos maiores zagueiros da história, o defensor jogou a final após o titular e colega de Milan Costacurta ser suspenso por cartões amarelos. Atuou pelo Milan do início ao fim de sua carreira (1984 a 2009).

Luigi Apolloni, 52

Foi à Copa de 1994 como jogador do Parma, clube que defendeu na maior parte de sua trajetória como profissional. Mais um membro da boa escola italiana de defensores, atuou em três partidas nos Estados Unidos. Na decisão, substituiu Mussi ainda no primeiro tempo. Atualmente é treinador e chegou a dirigir o Parma, entre 2015 e 2017.

Demetrio Albertini, 48

Era um jovem de 23 anos e peça importante do meio-campo italiano de 1994. Esteve em todas as partidas de sua seleção no Mundial dos Estados Unidos. Foi um dos dois atletas de azul que converteram suas batidas de pênalti. Jogou também o Mundial de 1998 e se machucou pouco antes da edição de 2002, o que encerrou sua carreira internacional.

Nicola Berti, 53

Presente em todos os sete jogos da Itália na Copa de 1994, cinco deles como titular. Atuou nos 120 minutos da decisão, sem conseguir contribuir para o que seria o tetra de seu país. O meia, que ficou marcado por quase uma década na Inter de Milão, já havia atuado no Mundial de 1990.

Pierluigi Casiraghi, 51

Centroavante daqueles com força no jogo aéreo e dificuldade com a bola nos pés, atuou em três partidas da Itália na Copa dos Estados Unidos, sem marcar gols. Foi titular na vitória por 2 a 1 sobre a Bulgária na semifinal, mas não entrou em campo na decisão. Defendeu Juventus, Lazio e Chelsea antes de começar a trabalhar como treinador. Dirigiu a Itália na Olimpíada de 2008.

Dino Baggio, 48

Com passagem por algum dos principais times da Itália, como Inter, Juventus e Lazio, o jogador fazia parte do forte meio de campo de sua seleção na Copa do Mundo de 1994.

Roberto Donadoni, 56

O então meia do Milan, campeão de três Champions League pelo clube, foi titular na final contra o Brasil. Hoje, treina o Shenzhen FC, da China.

Gianfranco Zola, 53

Entrou em campo uma vez no Mundial dos Estados Unidos. Acionado aos 20 minutos do segundo tempo contra a Nigéria, nas oitavas de final, foi expulso dez minutos depois. Com dois gols de Baggio, um no fim do tempo normal e outro na prorrogação, a Itália sobreviveu. Mas Zola, à época jogador do Parma, nunca mais jogou em uma Copa.

Alberigo Evani, 57

Começou a Copa de 1994 como titular e foi substituído na estreia, no intervalo da derrota por 1 a 0 da Itália para a Irlanda. O meia só voltou a entrar em campo na decisão, na prorrogação, substituindo Dino Baggio. Àquela altura, defendia a Sampdoria, após mais de dez anos no Milan.

Daniele Massaro, 58

Em 1994, já era um veterano de 33 anos, que havia sido convocado à Copa de 1982, embora não tivesse entrado em campo. Nos Estados Unidos, o atacante do Milan começou como reserva, marcou no empate por 1 a 1 com o México na primeira fase e ganhou espaço. Na final, perdeu uma chance na cara de Taffarel e também parou no goleiro nos pênaltis.

Roberto Baggio, 53

Era o camisa 10, craque do time. O então atacante da Juventus havia recebido o prêmio de melhor jogador do mundo por seu desempenho na temporada anterior, mas na final contra o Brasil foi o responsável por chutar longe o pênalti que deu o tetra para o Brasil.

Lorenzo Minotti, 53

Então defensor do Parma, não disputou uma partida sequer na Copa do Mundo de 1994, disputada nos EUA.

Antonio Conte, 50

O volante era reserva na equipe de 1994, mas atuou em duas partidas (contra Espanha e Bulgária). Atual treinador da Inter de Milão, Conte também dirigiu Juventus e Chelsea.

Giuseppe Signori, 52

O atacante não jogou contra o Brasil, mas esteve em campo em 6 das 7 partidas da Itália no Mundial e não marcou um gol sequer. Na época, atuava pela Lazio.

Arrigo Sacchi, 74

Nome histórico do futebol italiano, introduziu novidades táticas e montou o histórico Milan que marcou época na virada dos anos 80 para os anos 90. Assumiu a seleção em 1991 e permaneceu no cargo até 1996, chegando bem perto do maior objetivo, mas sendo frustrado pelo Brasil.

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