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Suíça busca empate heroico e bate França nos pênaltis após erro de Mbappé

Campeões mundiais chegaram a abrir 3 a 1 antes de permitir que rivais forçassem prorrogação

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São Paulo

Minutos antes de França e Suíça pisarem no gramado da Arena Bucareste, na Romênia, nesta segunda-feira (28), a vitória da Espanha sobre a Croácia por 5 a 3 já havia dado o alerta: o jogo só acaba quando termina –por mais óbvia que seja a colocação, é uma das leis não escritas do futebol que devem ser respeitadas.

E, assim como na classificação espanhola, não faltou emoção ao triunfo da Suíça sobre a França por 5 a 4, nos pênaltis, após empate por 3 a 3 no tempo normal.

Sommer pula para defender a corança de Kylian Mbappé, que colocou a Suíça nas quartas de final
Sommer espalma o chute de Mbappé e elimina da Euro os campeões do mundo - Daniel Mihailescu/Reuters

Ainda no tempo normal, os suíços abriram o placar e tiveram uma penalidade para abrir vantagem, que foi desperdiçada. Quatro minutos depois, a França virou e chegou a abrir 3 a 1 no segundo tempo, mas levou o empate nos minutos finais da partida. A prorrogação sem gols levou o duelo para os pênaltis.

Kylian Mbappé, que se despediu da Eurocopa sem marcar gols, foi para a quinta cobrança dos franceses e parou nas mãos de Yann Sommer, que espalmou o chute à meia altura para colocar a Suíça nas quartas.

A equipe enfrenta a Espanha na próxima fase, na sexta-feira (2), em São Petersburgo.

No último encontro entre essas seleções por torneios importantes, os suíços levaram a melhor. Foi na estreia de ambas as equipes na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, com derrota dos espanhóis por 1 a 0. A Espanha, no entanto, conquistaria o título mundial, comandada por Vicente Del Bosque.

Nesta segunda, após a Suíça abrir o placar ainda no primeiro tempo, com Seferovic, Ricardo Rodríguez teve a oportunidade de ampliar da marca do pênalti. Mas o goleiro Hugo Lloris, capitão francês, pulou bem no canto direito e defendeu a cobrança do lateral suíço.

A defesa, aos dez minutos da etapa final, reacendeu o time comandado por Didier Deschamps, que tinha colocado Kingsley Coman no intervalo para adicionar poder ofensivo à equipe.

Dois minutos depois do pênalti, Mbappé recebeu passe na entrada da área e viu Benzema entrando por trás da marcação. O toque não saiu perfeito, mas o jogador do Real Madrid conseguiu esticar a perna para trás e ajeitar, saindo na cara de Sommer e igualando a partida.

Na sequência, aos 14 do segundo tempo, combinação do ataque francês pelo lado esquerdo achou mais uma vez Mbappé na área suíça. O camisa 10 ajeitou de letra para Griezmann, que, com uma cavadinha, colocou a bola na cabeça de Benzema para virar o jogo.

Benzema comemora um de seus gols contra a Suíça em Bucareste
Benzema comemora um de seus gols contra a Suíça em Bucareste - Franck Fife/Reuters

Quarto gol do atacante na Euro, que cresceu de produção após atuações irregulares em seu retorno à seleção francesa depois de seis anos sem defender a equipe nacional. Presente nas Copas de 2010 e 2014 e na Euro de 2012, o centroavante deixa mais um torneio sem o título.

Com a virada, a Suíça, que teve a oportunidade de encaminhar a vitória e derrubar os atuais campeões do mundo, deixou a França à vontade. Pogba, provavelmente o melhor jogador da seleção nesta Euro, arriscou de longa distância e colocou a bola no ângulo de Sommer para marcar o terceiro.

Mas, se o primeiro jogo do dia deixou alguma lição, foi a de que 3 a 1 não é um placar seguro nesta Eurocopa.

Aos 36, Seferovic anotou mais um de cabeça após cruzamento da direita. Aos 45, Gavranovic empatou o jogo depois de deixar Kimpembe no chão e finalizar da entrada da área, levando o confronto para a prorrogação, que terminou sem gols.

Suíços e franceses cobraram bem suas penalidades (com exceção de Vargas, que converteu o chute apesar de uma execução ruim), até que Mbappé foi para a bola. O chute cruzado, à meia altura, encontrou as mãos de Sommer, que espalmou para colocar a Suíça na próxima fase da Euro.

Uma espécie de vingança para Sommer, que, em 2014, na goleada de 5 a 2 da França pela fase de grupos da Copa do Mundo, estava no banco de reservas. Diego Benaglio era o titular, e seu suplente viu como os franceses encaixavam um gol atrás do outro.

Nesta segunda, graças a Sommer, Benaglio pôde se sentir vingado de alguma forma. Assim como toda a Suíça, que espera repetir a surpresa de 2010 em novo embate com os espanhóis.

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