Descrição de chapéu Tóquio 2020

Velocista americana pega no doping por maconha fica fora da Olimpíada

Mesmo podendo competir no 4 x 100 m, Sha'Carri Richardson é barrada por federação

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São Paulo

Uma história de superação não será contada nos Jogos de Tóquio, que começam no dia 23. A velocista Sha'Carri Richardson, que venceu a seletiva olímpica dos 100 m dos EUA, não irá competir no Japão. Ela foi flagrada no antidoping para THC (tetra-hidrocanabinol), o princípio ativo da maconha, e perdido a vaga na prova individual, mas poderia ser convocada para o revezamento 4 x 100 m. Não foi.

Richardson teve o resultado dos 100 m anulado e levou uma suspensão de 30 dias pelo doping. Teoricamente, estaria apta a participar do revezamento. As quatro primeiras colocadas dos 100 m na seletiva olímpica garantem vaga na equipe. Duas atletas são convocadas. A USATF (federação de atletismo dos EUA), porém, decidiu chamar English Gardner e Aleia Hobbs, sexta e sétima colocadas da seletiva dos 100 m, para completar o time de 4 x 100 m.

Richardson ficou sabendo da morte da mãe na véspera da seletiva olímpica. Segundo ela, fumou um cigarro de maconha para relaxar. A alegação serviu para que ela tivesse a pena atenuada, mas não foi o suficiente para convencer os dirigentes a convocá-la para os Jogos.

"Somos absolutamente solidários às circunstâncias atenuantes [do doping] de Sha'Carri Richardson e aplaudimos fortemente sua responsabilidade. Ofereceremos a ela nosso apoio contínuo dentro e fora da pista", afirmou a ASATF, em comunicado oficial. "Mas devemos manter a justiça para com todos os atletas que tentaram realizar seus sonhos garantindo uma vaga na equipe olímpica de atletismo dos Estados Unidos", acrescentou a entidade.

A velocista Sha'Carri Richardson, de braços abertos, após finalizar prova dos 100 m do atletismo
A velocista Sha'Carri Richardson, que não competirã na Olimpíada após ser flagrada em antidoping para maconha - Oli Scarff - 23.mai.21/AFP

Com cabelos coloridos, tatuagens e maquiagem, Sha'Carri apareceu como um foguete em 2021. Em abril, cravou 10s72, terceiro tempo mais rápido desta temporada. Ela ficava atrás apenas das jamaicanas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah, que marcou 10s71 na terça-feira (6).

Richardson era a grande esperança de os EUA retomarem o protagonismo na chamada prova mais nobre do atletismo. O país não conquista ou ouro nos 100 m desde os Jogos de Atlanta-1996, com Gail Devers.

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