Descrição de chapéu Tóquio 2020 canoagem

Conheça Isaquias Queiroz, vencedor de 4 medalhas em 2 Olimpíadas

Baiano foi ouro na categoria C1 1.000 metros da canoagem velocidade nos Jogos de Tóquio

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São Paulo

O canoísta Isaquias Queiroz, 27, conquistou, na noite desta sexta-feira (6), medalha de ouro na prova C1 1.000 metros da canoagem velocidade nos Jogos de Tóquio.

Foi o quarto pódio do atleta baiano em duas Olimpíadas. Na Rio-2016, ele levou a prata nas provas individual (C1) e em dupla (C2, com Erlon Souza) dos 1.000 m, além do bronze nos 200 m.

Com a conquista no Japão, ele se igualou ao número alcançado por Gustavo Borges (natação) e Serginho (vôlei) no ranking histórico de medalhistas brasileiros e só fica atrás dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com 5. Conheça mais sobre Isaquias a seguir:

1 - INÍCIO DIFÍCIL

Isaquias é nascido no interior baiano, na cidade de Ubaitaba, a 170 km de Salvador. Vindo de família pobre, sobreviveu a dois incidentes que quase lhe tiraram a vida, ainda novo. Aos 3 anos, uma panela de água fervente caiu sobre ele. Aos 10, sofreu uma hemorragia interna ao cair de uma árvore e teve um rim retirado. A canoagem só entrou em sua vida aos 11 anos, em 2005, quando entrou em um projeto social na sua cidade natal.

2 - MARÉ BAIXA

Em 2011, deu mostras do que poderia fazer com dois pódios no Mundial júnior: ouro no C1 200 m e prata no C1 500 m. No ano seguinte, porém, Isaquias sofreu seu primeiro grande baque. Ficou fora da seleção brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Londres. Ele não chegou a cogitar abandonar a modalidade, mas considerava-se fora do plano competitivo internacional. "Há quatro anos nem passava em remar no Rio", disse em 2016, ano de sua primeira Olimpíadas.

3 - RESSUREIÇÃO

A má fase começou a passar em 2013, quando o COB (Comitê Olímpico do Brasil) contratou o técnico espanhol Jesús Morlán, que tinha cinco medalhas olímpicas no currículo. Ainda naquela temporada, Isaquias obteve dois pódios no Mundial (ouro no C1 500 m e bronze no C1 1.000 m). Em 2014, no Mundial de Moscou, veio a confirmação. Isaquias voltou ao pódio com bronze no C1 200 m e mais um ouro no C1 500 m.

4 - ARTIMANHA

Após o sucesso no Pan de Toronto, em 2015 –dois ouros e uma prata– e o título Mundial ao lado de Erlon Souza, na categoria C2 1.000 m, a Confederação Brasileira de Canoagem fez lobby dentro da federação internacional para que a ordem das provas da canoagem de velocidade fosse alterada. A mudança favoreceu a participação do baiano no C1 200 m, no C1 1.000 m e no C2 1.000 m, possibilitando a disputa de três medalhas.

5 - RIO DE RECORDES

Nos Jogos do Rio, Isaquias conseguiu duas pratas, uma no C1 1.000 m e outra no C2 1.000 m, e um bronze no C1 200 m. Com isso, ele ultrapassou os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio da Costa (1920) e os nadadores Gustavo Borges (1996) e Cesar Cielo (2008), que conquistarem duas medalhas na mesma Olimpíada. Ele é o único atleta brasileiro a conquistar três medalhas numa mesma edição dos Jogo.

6 - QUASE FOI OURO NO RIO DE JANEIRO

A dupla Isaquias Queiroz e Erlon Souza avançou na primeira posição para a final da prova C2 1.000 m. Na decisão, os brasileiros lideraram boa parte da prova, mas foram ultrapassados nos últimos metros pelos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey e ficaram com a prata.

7 - CONSAGRAÇÃO NO JAPÃO

Em Tóquio, Isaquias e seu parceiro Jacky Godmann, 22, ficaram em quarto lugar na prova C2 1.000 metros. Para o Japão, a dupla do país teve de ser adaptada. Como Erlon Souza (parceiro de Isaquias na Rio-2016) não se recuperou de uma lesão no quadril, Jacky foi chamado para o seu lugar no barco. Nesta sexta, porém, Isaquias levou o Brasil ao lugar mais alto do pódio na prova individual.

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