Descrição de chapéu Tóquio 2020

Sem público nas arenas, delegações, voluntários e jornalistas viram torcida nas Olimpíadas

Atletas da delegação brasileira, como Rebeca Andrade e Ana Marcela Cunha, foram a partida de vôlei torcer pelo país

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Atletas da delegação brasileira  foram a partida de vôlei torcer pelo país
Atletas da delegação brasileira foram a partida de vôlei torcer pelo país - Valentyn Ogirenko/Reuters
Tóquio

“Vai, Brasil!”, grita alguém na esvaziada arquibancada da Arena Ariake, durante a semifinal do vôlei feminino. “Uhuhuhu”, responde um jornalista coreano, sem constrangimento, após a Coreia do Sul pontuar. Se devido à Covid o público pagante foi vetado das Olimpíadas de Tóquio, a torcida, nem tanto.

Assim, voluntários, seguranças, jornalistas e atletas de outras modalidades viraram espectadores privilegiados de competições olímpicas, e há até quem aproveite para bater uma bola na quadra de vôlei após uma partida, como ocorreu após a derrota do Brasil para os russos na semifinal do vôlei masculino.

Não raro, sobretudo em espaços fechados que abrigam jogos de esportes coletivos, os ecos de incentivo dão a sensação de que há, sim, torcida nas Olimpíadas. Medalhistas da delegação brasileira têm prestigiado, por exemplo, as partidas de vôlei. Ouro e prata em Tóquio, a ginasta Rebeca Andrade acompanhou nesta sexta (6) a classificação do time feminino para a final, após bater a Coreia do Sul.

“Às vezes eram três, quatro pessoas. Agora parece que são 2.000 no ginásio. A gente escuta, e isso motiva. Todo mundo que veio para as semifinais, para as quartas, venha [para a final] para ser pé-quente. Ainda mais a Rebeca, duas medalhas, campeã olímpica”, disse Gabi, do time de vôlei.

Quando se apresentou, Rebeca também recebeu aplausos e incentivos das arquibancadas, de atletas de outras delegações e de um grupo de jornalistas brasileiros que levou até uma bandeira brasileira.

As partidas de vôlei, tanto no masculino quanto no feminino, já contam com a atração do DJ Stari, que toca músicas dos países das seleções em quadra –no caso do Brasil, um repertório que inclui Raça Negra, Anitta, Pabllo Vittar e Tim Maia, entre outros artistas nacionais.

O austríaco anima os jogos da modalidade desde Atenas-2004, e Tóquio é sua quinta participação em Olimpíadas. Justamente por não ter público desta vez, ele decidiu pesquisar as músicas de cada país e tocá-las durante os duelos no torneio de vôlei para os atletas e os espectadores das transmissões.

A quantidade de pessoas nas arquibancadas cresceu nas disputas de quartas e semifinais. Um grupo de 50 voluntários tem acompanhado as partidas, assim como seguranças das arenas, que, abordados pela Folha, recusaram-se a dar entrevistas devido às regras da organização.

A semifinal na qual o time masculino do Brasil caiu diante dos russos teve como espectadores adolescentes que fizeram uma apresentação prévia na quadra, além de voluntários, seguranças e uma medalhista de ouro. Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, compareceu pelo segundo dia seguido à Arena Ariake, acompanhada de dirigentes do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e de outros atletas.

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