O São Paulo criou oportunidades em sua primeira partida no retorno de Rogério Ceni, mas demonstrou nervosismo para concluí-las. Até quando a bola entrou, isso só ocorreu após uma finalização ruim, e o máximo que o time conseguiu foi um empate por 1 a 1 com o Ceará.
O resultado no Morumbi, na noite de quinta-feira (14), foi o sexto empate consecutivo da equipe tricolor. Os cinco anteriores acabaram resultando na demissão do técnico argentino Hernán Crespo e em uma incômoda proximidade com a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
A agremiação agora dirigida por Ceni está na 13ª colocação, com 31 pontos, quatro acima do Bahia, que está em 17º lugar e é o primeiro na parte vermelha da tabela –com um jogo a menos. O Ceará, com 30 e duas partidas a menos, está em 14º.
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De volta após quatro anos, o treinador que se fez ídolo do São Paulo nos tempos de goleiro fez mudanças táticas, montando um losango no meio-campo. Mas, tendo chegado na quarta para estrear na quinta, procurou trabalhar rapidamente o lado emocional.
De cara, o que se viu um ímpeto ofensivo maior. A tensão, porém, fez-se notar quando o Ceará chegou à área em um lance de cobrança de falta, aos 23 minutos. A bola entrou, e o rendimento tricolor, que era bom até ali, caiu.
Na jogada que originou o gol marcado por Fabinho, Rogério gritou da beira do gramado: “Vai bater um destro”. O rebote acabou aindo para o camisa 23, que tem preferência pela perna direita, mas acertou um belo chute de esquerda para abrir o placar.
Preocupado com o impacto psicológico sobre seus jogadores, o técnico gritava: “Vamos, sem baixar a cabeça, continua a mesma pegada”.
Aos 37, até o experiente Miranda demonstrou nervosismo. Ele acertou o braço no rosto de Mendoza, mas escapou de ser expulso após o árbitro Paulo Cesar Zanovelli analisar o vídeo e concluir que era falta para cartão amarelo. Pendurado, o defensor não vai enfrentar o Corinthians, na segunda-feira (18), no Morumbi.
Antes do intervalo, os visitantes acertaram uma bola na trave após defesa de Volpi. Frustrada com o que via em campo, a torcida são-paulina vaiou o time enquanto os jogadores se dirigiam ao vestiário.
O recomeço da partida sofreu um atraso devido a um apagão no Morumbi. Para seguir com a partida, os geradores do estádio tiveram de ser ligados.
Quem também estava ligado era Calleri, embora a parte técnica não estivesse exatamente alinhada à vontade. Aos sete minutos da etapa final, após falha da defesa, ele ficou na cara do gol e chutou sem força. O goleiro Richard errou e deu rebote. Aí, o argentino teve calma para marcar.
O confronto, então, ficou aberto. O São Paulo apertou em busca da vitória que lhe daria alívio na tabela e um bom reinício com Ceni, mas ofereceu espaços. Nenhuma das equipes concluiu bem nas oportunidades que se ofereceram.
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