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Liverpool não contratará jogadores não vacinados, diz técnico Klopp

Outros treinadores na Premier League também levarão status vacinal em consideração

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São Paulo

Com o avanço de casos de Covid-19 na Inglaterra e, especialmente, na Premier League, técnicos começaram a se pronunciar sobre a necessidade de vacinação.

O alemão Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, declarou que o clube não pretende contratar jogadores não vacinados. "Não estamos perto de contratar um jogador, mas pensei sobre isso e, sim, será um fator de influência, com certeza", disse Klopp, que havia sido questionado antes sobre o tema e se mostrado indeciso.

Outros treinadores de renome no país, como Steven Gerrard e Patrick Vieira, que comandam respectivamente Aston Villa e Crystal Palace, também já afirmaram que o status vacinal será levado em consideração na hora de assinar com novos jogadores.

"Se um jogador não é vacinado, ele é uma ameaça para todos nós", disse Klopp. "Se um jogador pega Covid-19 e outros estão próximos, todos entram em isolamento. Então é claro que isso [status vacinal] terá uma influência [em decisões de contratação]. Não vamos construir um prédio para os não vacinados. Esperamos que isso não seja necessário."

Homem branco de casaco de frio e boné pretos com as mãos no bolso
Jürgen Klopp na partida do Liverpool contra o Newcastle United, em Liverpool, na quinta-feira (16) - Peter Powell/Reuters

A média diária dos últimos sete dias no Reino Unido está acima de 70 mil novos casos. Na segunda-feira (13), a liga anunciou que a semana teve 42 novos casos entre jogadores e funcionários.

A taxa de vacinação é baixa em comparação com o restante da população. Na liga, são 68% de jogadores com duas doses, enquanto o país conta com 81% de pessoas a partir dos 12 anos com o ciclo vacinal completo, segundo dados da BBC de sexta-feira (17).

Klopp já havia se pronunciado de forma assertiva a favor da vacinação em outubro, quando comparou a recusa do imunizante com o ato de dirigir bêbado.

A alta de casos entre os clubes ingleses forçou o adiamento de 10 jogos do campeonato ao longo desta semana. Na sexta-feira (17) o ministro de Esportes, Nigel Huddleston, fez um apelo para que jogadores tomem as vacinas, reforçando aspectos de responsabilidade social.

Uma reunião para discutir o tema está marcada para esta segunda-feira (20).

O futebol não é o único esporte que vive esse problema. Na NFL, liga de futebol americano, e na NBA, liga de basquete dos EUA, jogadores com posição antivacina causam problemas, como impedimentos para viajar a locais que exigem a imunização.

Com Reuters

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