México vence a Arábia, mas perde vaga nas oitavas para Polônia por saldo de gols

Desde o Mundial de 1978 que a seleção mexicana não caía na fase de grupos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A seleção mexicana venceu a Arábia Saudita por 2 a 1, no estádio Lusail, pelo Grupo C da Copa do Mundo do Qatar, mas não conseguiu a vaga para as oitavas, já que a Polônia, derrotada pela Argentina por 2 a 0, se classificou por ter melhor saldo de gols: 0 contra -1.

Desde a Copa de 1978 o México não caía na fase de grupos do Mundial —não disputou as edições de 1982 e 1990.

O primeiro tempo começou movimentado, com a seleção mexicana partindo para o ataque, mas sem qualquer organização. A Arábia Saudita, por sua vez, ficou acuada, procurando fechar os espaços, mas se perdia na correria e deixava os adversários chegarem com perigo ao gol.

Logo aos 3 minutos, o goleiro Mohammed Alowais precisou fazer uma grande defesa no chute de Vega, que entrou cara a cara na grande área.

A Arábia só conseguiu responder aos 13 minutos, com Kanno cobrando falta sofrida por Abdulhamid próximo da área. A bola saiu por cima, levando perigo para o goleiro Ochoa.

Mas esse susto não mexeu com a seleção mexicana, que continuou pressionando em busca do gol. Alowais seguia fazendo a sua parte, como no chute de Pineda, que desviou na zaga e obrigou o goleiro a se esticar para evitar o primeiro gol.

Lozano faz malabarismo para dominar a bola durante a vitória do México sobre a Arábia Saudita, no estádio Lusail, pelo Grupo C da Copa do Mundo do Qatar - Amr Abdallah Dalsh/Reuters

A esta altura, no outro jogo do grupo, Argentina e Polônia também iam empatando sem gols, assim, quem vencesse entre mexicanos e sauditas ficaria com a vaga.

Os números do primeiro tempo ilustram o volume dos mexicanos na partida. Foram 11 finalizações contra 4 dos sauditas.

No segundo tempo, mexicanos e sauditas mal deram reinício quando a Argentina abria o placar. Assim, as equipes se animaram e passaram a buscar mais o ataque, consequentemente abrindo mais espaços. E foi o México quem aproveitou.

Aos 2 minutos, Martin aproveitou desvio em cobrança de escanteio e mandou a bola para o fundo das redes.

O resultado ainda colocava a seleção do técnico Gerardo Martino atrás da Polônia no saldo de gols. Então, só restavam duas alternativas: ampliar o marcador ou torcer por mais gols da Argentina.

A primeira parte do objetivo o México conseguiu. Aos 5 minutos, Chávez cobrou falta com perfeição da intermediária, mandando a bola no ângulo esquerdo do gol de Alowais, que nada pôde fazer.

O segundo gol mexicano abalou os sauditas, que só não viram a casa cair de vez porque Lozano estava em posição de impedimento quando marcou o que seria o terceiro.

Com 2 a 0, restava buscar mais gols e continuar torcendo para a Argentina, que dava mais esperanças aos mexicanos ao fazer o segundo em cima dos poloneses.

A partir daí, a classificação estava sendo definida pelo número de cartões amarelos, com vantagem para a Polônia, que havia tomado até então 5, contra 8 do México. As duas seleções estavam idênticas nos primeiros critérios de desempate, com dois gols marcados e zero de saldo.

O México buscava ampliar, mas ou errava a mira ou parava no goleiro Alowais.

Conforme o tempo passava, sauditas davam espaços, mas o México não aproveitava. Quando marcou, mais uma vez, estava em impedimento. Nos minutos finais, só o gol daria a vaga aos mexicanos, já que nos cartões a Polônia estava levando a classificação.

Mas, em um contra-ataque aos 49 minutos, veio o balde de água fria. O meia Aldawsari tabelou com Bahbri, invadiu a área pelo meio e tocou na saída do goleiro Ochoa, acabando com o sonho mexicano no Qatar.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.