Quatro vezes campeã mundial, a Alemanha joga contra a Costa Rica o seu futuro na Copa do Qatar. A partida desta quinta-feira (1º) é no estádio Al Bayt, em Al Khor, às 16h (de Brasília).
Para evitar o vexame da segunda eliminação seguida na mais importante competição do futebol– caíram em 2018, na Rússia, com derrotas para México e Coreia do Sul–, os alemães têm de derrotar os centro-americanos e aguardar o resultado do outro jogo do Grupo E.
No mesmo horário, Espanha e Japão duelam no estádio Khalifa, em Doha.
Lanterna do grupo, com 1 ponto, a Alemanha ultrapassa a Costa Rica (3 pontos, da vitória sobre o Japão) caso vença. E fica na torcida para que os japoneses, que a derrotaram na partida de estreia, de virada por 2 a 1, sejam batidos pela Espanha (líder da chave, com 4 pontos).
Isso acontecendo, os comandados de Hansi Flick asseguram a passagem para as oitavas de final.
Se o Japão ganhar, a classificação da Alemanha se torna improvável, pois empatará em pontos com a Espanha, que tem o ótimo saldo de gols (primeiro critério de desempate) de sete, resultado da goleada por 7 a 0 sobre a Costa Rica na primeira rodada.
A Alemanha, aliás, deve agradecer ao adversário desta quinta. A vitória da Costa Rica contra o Japão (1 a 0) foi vital para que os alemães, que na segunda rodada escaparam da eliminação ao arrancar o empate (1 a 1) no confronto com a Espanha, permanecessem com chance razoável de se classificar.
O time de Flick ganhando, e havendo empate no outro jogo, quem tiver melhor saldo de gols entre alemães (atualmente de um gol negativo) e japoneses (atualmente de zero) fica com a segunda vaga do grupo.
Igualdade no saldo de gols leva a outros critérios de desempate, como gols pró e confronto direto, nessa ordem.
Matemática à parte em caso de empate de pontos –pode ocorrer com a Espanha também–, a Alemanha precisa vazar o goleiro Keylor Navas.
Com um ataque pouco eficiente (só dois gols em dois jogos), há a possibilidade de Flick dar chance desde o início a Niclas Füllkrug, 29, que vindo da reserva fez o gol salvador contra os espanhóis.
Caso ele entre, o mais cotado para deixar a equipe é Thomas Müller, 33, campeão do mundo no Brasil, em 2014, e autor de dez gols em três participações em Copas.
Em entrevista a jornalistas, o treinador evitou falar sobre a escalação e respondeu a uma pergunta sobre a pressão a que estaria submetido, devido ao risco de eliminação.
"Não sinto nenhuma pressão. Não senti depois do Japão e não sinto agora", declarou Flick.
O que é a pressão? Estamos jogando para passar para as oitavas de final. Isso é bom e por isso estamos aqui
Longe de ter a tradição e as conquistas da Alemanha, a Costa Rica está em situação melhor que a adversária. É o azarão do jogo, porém se vencer avança sem precisar depender de mais ninguém.
Com um time muito inferior no papel, tentará surpreender em um contra-ataque ou em uma bola parada.
A classificação costa-riquenha em um grupo com campeões mundiais não seria inédita.
Na Copa de 2014, chaveada com Inglaterra, Itália e Uruguai, era dada como eliminada antes mesmo de a Copa começar.
Quando começou, ganhou dois jogos, empatou um, viu Inglaterra e Itália eliminadas e ainda avançou até as quartas de final.
Arbitragem inédita
Uma atração a mais em Alemanha x Costa Rica é a arbitragem.
É a primeira vez que um trio feminino é escalado para um jogo masculino de Copa do Mundo.
Uma brasileira participará desse marco. A catarinense Neuza Back, que se inspirou na bandeirinha Ana Paula Oliveira para seguir carreira na função, será uma das assistentes da francesa Stéphanie Frappart.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.