O técnico da Polônia, Czeslaw Michniewicz, instruiu seus jogadores a evitar cartões amarelos desnecessários na última partida do Grupo C da Copa do Mundo contra a Argentina nesta quarta-feira (30), quando pontos de fair play poderiam ter decidido seu destino no torneio.
A Argentina de Lionel Messi venceu a Polônia por 2 a 0 para liderar o grupo com seis pontos, enquanto a equipe de Michniewicz terminou em segundo com quatro e se classificou no saldo de gols, apesar da derrota, depois que o México venceu a Arábia Saudita por 2 a 1.
"Eu não disse aos jogadores para tirarem o pé da bola, mas sim para evitar cartões tolos", disse Michniewicz em entrevista coletiva.
"Até falamos dos cartões amarelos para os que estão no banco, porque foi só antes do jogo, depois da reunião com o delegado, que soubemos que os cartões atribuídos aos jogadores do banco não contam para a classificação de fair play. Tínhamos medo que um dos jogadores saltasse, ou o treinador, levasse um cartão amarelo e assim não avançássemos mais. Mas também pedi para não provocarmos, não puxarmos suas camisas, não discutirmos com o árbitro."
Foi o saldo de gols que acabou decidindo a ordem final do Grupo C, com o México terminando com menos um, enquanto a Polônia ficou em zero.
Mas se a Arábia Saudita não tivesse marcado no outro jogo, a Polônia teria selado sua primeira fase eliminatória em 36 anos com pontos de fair play.
A única vez que o recorde de fair play foi necessário para separar times em uma Copa do Mundo ocorreu em 2018, quando Japão e Senegal empataram em segundo lugar com quatro pontos, com uma diferença de gols de zero e quatro gols marcados cada, e os pontos de fair play enviaram o Japão para a fase seguinte.
Tanto Lionel Messi quanto Robert Lewandowski prolongaram suas presenças naquela que provavelmente será sua última Copa do Mundo, mas o último teve pouco a dizer, já que a Polônia, sob ataque, foi salva de sofrer mais gols pelo goleiro Wojciech Szczesny.
"Robert estava comprometido, mas não o ajudamos esta noite", disse Michniewicz. "Não demos a ele a chance de marcar. Se a seleção polonesa tivesse uma porcentagem de posse de bola como a Argentina, o número de passes trocados e situações na área —e se Robert jogasse hoje no lugar de Messi para a Argentina e Messi para nós— então Messi não marcaria um gol e Robert teria marcado cinco."
A Polônia enfrentará um teste difícil no domingo (4), quando enfrentará a atual campeã mundial, a França.
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