Descrição de chapéu África

Catherine Reline vence e mantém hegemonia queniana na São Silvestre

Bronze em 2021, paulista Jenifer do Nascimento termina em quarto lugar e é novamente a melhor brasileira na prova feminina

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São Paulo

O domínio queniano está mantido por mais um ano na prova feminina da Corrida Internacional de São Silvestre. Catherine Reline, de 20 anos, foi a vencedora da categoria na 97ª edição da competição de rua, disputada neste sábado (31), em São Paulo.

A jovem atleta vinha de vitória na Meia Maratona da Itália nesta temporada e já era apontada como um dos destaques da elite feminina.

Catherine Reline cruza a linha de chegada na 97ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre - Rubens Cavallari/Folhapress

Catherine se manteve na liderança desde a primeira parte da prova, na altura do estádio Pacaembu, e cruzou a linha de chegada com um tempo de 49min39s. O recorde pertence a outra corredora do Quênia: Jemima Sumgong, com 48min35s, em 2016.

Completaram o pódio as etíopes Wude Ayalew Yimer (50min01s) e Kebebush Yisma Ewoldemariam (52min57s). A melhor brasileira foi a paulista Jenifer do Nascimento Silva, que cruzou a linha de chegada na quarta colocação (54min02s).

"Esse ano, para mim, foi muito difícil. Eu tive alguns períodos de lesão. E no final da temporada a gente sempre chega um pouco mais cansado. Para mim, foi um ano de superação", declarou à TV Gazeta a atleta brasileira, medalhista de bronze na edição passada.

A corrida deste ano marcou a despedida da brasileira Maria Zeferina Baldaia, aos 50 anos. Ela foi a terceira vencedora do país nesta corrida (2001), depois de Carmen de Oliveira (1995) e Roseli Machado (1996). Segundo a organização, ela largou com a elite, como forma de homenagem, e depois voltou para o pelotão geral.

Corredores em trecho da Avenida Paulista após largada da São Silvestre 2022.
Corredores em trecho da Avenida Paulista após largada da São Silvestre 2022. - Adriano Vizoni/Folhapress

Desde a vitória de Lucélia Peres, em 2006, a prova feminina da São Silvestre tem sido dominada pelas quenianas. Nas 15 corridas desde então, atletas do país venceram 12 vezes, as últimas seis de maneira consecutiva. A única a conseguir quebrar essa hegemonia foi Wude Ayalew Yimer, da Etiópia, ganhadora em 2008, 2014 e 2015.

Neste século, apenas quatro ganhadoras da prova feminina não eram representantes do continente africano: as brasileiras Maria Zeferina Baldaia (2001) e Marizete de Paula Rezende (2002), além da própria Lucélia Peres e da sérvia Olivera Jevtić (2005).

Nenhum país tem tantas vitórias na São Silvestre quanto o Quênia. Entre as mulheres, são 15 vitórias de atletas quenianas. Em segundo lugar aparece Portugal, com sete títulos, seis deles da recordista Rosa Mota, campeã entre 1981 e 1986.

O Brasil tem cinco vitórias na história, com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete de Paula Rezende (2002), e Lucélia Peres (2006).

A 97ª edição da São Silvestre marcou o retorno da normalidade ao evento após a pandemia da Covid-19. Depois de ter sido suspensa em 2020 por conta das restrições provocadas pelo coronavírus, a edição do ano passado havia sido realizada com limite de inscritos (22 mil).

Desta vez, sem limitação, a prova contou com 32 mil participantes, de acordo com os organizadores. Um dos destaques foi justamente o aumento da participação feminina, com 35,6% de mulheres em relação ao total de inscritos, contra 29,4% no ano passado.

A principal corrida de rua da América Latina tem um percurso de ao todo 15 km por ruas e avenidas da cidade de São Paulo.

Tanto a largada quanto a chegada acontecem na Avenida Paulista. O trajeto também passa por pontos conhecidos da cidade, como o estádio Pacaembu, a Praça da República e a esquina das avenidas Ipiranga e São João.

Na categoria cadeirantes, o primeiro lugar no pódio da São Silvestre de 2022 ficou com a brasileira Vanessa Cristina de Souza. Este foi o quarto título dela nesta prova.

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