A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) considera a vitória da Argentina na Copa do Qatar um marco importante para consolidar a candidatura da América do Sul à organização do Mundial de 2030.
Estados Unidos, México e Canadá receberão a edição de 2026, e a Conmebol deseja organizar o torneio no centenário das Copas do Mundo da Fifa.
A ideia é promover a candidatura conjunta de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. A iniciativa teve origem entre Uruguai e Argentina, e depois aderiram Chile e Paraguai.
"Em 2030 completam-se 100 anos desde a primeira edição [no Uruguai], e o Mundial tem de regressar às origens", disse o paraguaio Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol. "Devemos honrar a memória daqueles que apostaram na organização de uma Copa do Mundo na América do Sul pela primeira vez."
O chefe da Conmebol diz acreditar que a ocasião se trata de algo que vai além do esporte em si.
"Essa candidatura nos enche de orgulho, porque nos ensina a jogar em equipe, e isso foi muito bem entendido pelos três países que se juntam ao Uruguai, que é a nação simbólica por ser o berço do que hoje conhecemos como a maior festa do futebol."
A seleção uruguaia, que vinha de duas vitórias olímpicas consecutivas em 1924 e 1928, conquistou o primeiro campeonato mundial ao vencer a Argentina por 4 a 2 no mítico estádio Centenário, de Montevidéu, criado para aquela Copa.
Argentina embolsa US$ 10 milhões
A Conmebol premiou a campeã mundial Argentina com US$ 10 milhões (R$ 51,7 milhões) após a histórica vitória no Qatar, que significou a décima conquista mundial da América do Sul.
A entidade havia prometido esse prêmio à confederação filiada cuja seleção conquistasse o Mundial, no caso, a Associação de Futebol Argentino (AFA).
A Argentina derrotou a França por 4 a 2 na cobrança de pênaltis no domingo (18), após emocionante empate por 3 a 3 em 120 minutos.
Domínguez declarou que "a Copa voltou para casa, a Argentina é uma seleção que realizou o sonho de todo um continente. Estamos extremamente orgulhosos dessa seleção".
A Argentina acrescentou uma nova estrela à sua camisa, após os títulos de 1978 e 1986 e o décimo para o continente, com as duas conquistas do Uruguai (1930 e 1950) e as cinco do Brasil (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002).
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