Prefeitura de SP gasta R$ 38 milhões por corrida da Fórmula E e prevê retorno de R$ 300 milhões

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) cita geração de 3.000 empregos e retorno com turismo

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São Paulo

A realização da primeira corrida de Fórmula E em São Paulo, no dia 25 de março, custará para a cidade R$ 38 milhões, disse nesta terça-feira (7) o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Presente no Sambódromo do Anhembi, que fará parte do trajeto da prova, o emedebista disse, ainda, que o evento deve movimentar cerca de R$ 300 milhões com turismo na cidade e gerar 3.000 empregos formais.

O acordo para receber a categoria mundial de monopostos elétricos, assinado no ano passado, prevê uma corrida por ano em São Paulo até 2027. Também segundo o prefeito, a partir de 2024, o valor anual para bancar a realização da prova vai ser de R$ 22 milhões –a redução será possível devido à reutilização de estruturas adquiridas para a etapa deste ano.

"O investimento inicial é alto por causa de toda a estrutura. A prefeitura entende ser importante receber esse evento na cidade, como um polo de grandes eventos, culturais, esportivos e automobilísticos. É um nicho importante para geração de emprego e renda", afirmou Ricardo Nunes.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) conversa com pilotos Lucas Di Grassi e Sergio Sette Câmara
Prefeito Ricardo Nunes (MDB) conversa com pilotos Lucas Di Grassi e Sergio Sette Câmara - Divulgação

Para sediar a categoria de carros elétricos, a Prefeitura de São Paulo não vai precisar pagar o "fee", como é chamada a taxa paga para os donos do evento, como acontece, por exemplo, com a F1.

Do total reservado para 2023, R$ 30 milhões são destinados para a montagem de estruturas provisórias e R$ 8 milhões para realizações de obras, segundo a prefeitura. Estão inclusas nesses valores adequações no viário e instalação de sistema de proteção com barreiras de concreto para delimitação.

Conforme publicado no Diário Oficial da cidade, os serviços de engenharia para "adaptação geométrica do viário existente, readequação da infraestrutura de drenagem superficial, fresagem de pavimento asfáltico, aplicação de revestimento asfáltico e de reforço do pavimento", por exemplo, vão custar R$ 8,9 milhões, valor que será pago à empresa Jofege Pavimentação e Construção LTDA, vencedora de licitação.

A troca do asfalto da avenida Olavo Fontoura, que também fará parte do trajeto da corrida, também está nesse orçamento.

Primeira etapa da temporada 2022/23 da Fórmula E, no México
Primeira etapa da temporada 2022/23 da Fórmula E, no México - Divulgação/FE

A qualidade da pista é uma das preocupações dos pilotos, sobretudo após a realização da última etapa da Fórmula E, na Cidade do Cabo, onde a irregularidade do asfalto foi bastante criticada. O brasileiro Lucas Di Grassi não conseguiu disputar a corrida por causa de danos causados na suspensão durante os treinos.

Já o também brasileiro Sergio Sette Câmara terminou a prova da África do Sul na 12ª posição.

Os dois estavam presentes nesta terça-feira no Sambódromo do Anhembi. Di Grassi, piloto da Mahindra, inclusive, dirigiu o ônibus elétrico que chegou ao local transportando o prefeito Ricardo Nunes, Gustavo Pires, presidente da SPTuris, e a comitiva da prefeitura.

Na conversa com a dupla, o emedebista reafirmou a promessa feita por ele de incluir cerca de 2.600 novos ônibus elétricos na frota de São Paulo. Segunda a prefeitura, as empresas concessionárias apresentaram, até o momento, pedidos para a aquisição de 2.152 veículos, que deverão ser entregues entre 2023 e 2024.

No dia da corrida, a prefeitura vai disponibilizar cinco ônibus elétricos que vão fazer o transporte gratuito dos torcedores do Terminal Rodoviário do Tietê para o Sambódromo. "Essa etapa da Fórmula E em São Paulo reflete uma política pública importante, de sustentabilidade e de incentivo aos veículos elétricos", afirmou Ricardo Nunes.

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