Presidente da CBF diz que Ancelotti seria escolha óbvia para seleção brasileira

Ednaldo Rodrigues admite favoritismo do italiano para o cargo e quer acertar a contratação do novo treinador até maio

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Fernando Kallas
Tânger (Marrocos) | Reuters

O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, seria uma escolha óbvia para preencher a vaga de técnico da seleção do Brasil caso o italiano fique disponível ao final da temporada europeia, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, à Reuters.

Depois de jogadores do elenco, como Vinicius Júnior, terem declarado a preferência pelo italiano, Rodrigues reconheceu que o técnico de 63 anos é seu principal alvo no mercado e o favorito de todos para comandar o Brasil, cujo último treinador, Tite, deixou o cargo após a eliminação na Copa do Mundo de 2022 pela Croácia nas quartas de final.

"Ancelotti é respeitado de maneira unânime entre os jogadores. Não apenas por Ronaldo Nazário ou Vinicius Júnior, mas por todos aqueles que jogaram com ele", disse Rodrigues, referindo-se também ao ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno.

Imagem colorida mostra o técnico Carlo Ancelotti, um homem de 63 anos, da cintura para cima, virado para o lado direito e gesticulando com a mão direita
O técnico Carlo Ancelotti orienta a equipe do Real Madrid durante jogo contra o Betis, pelo Campeonato Espanhol - Cristina Quicler - 5.mar.23/AFP

"Eu realmente o admiro pela honestidade na forma como trabalha e pela constância dos seus resultados. Ele dispensa apresentações. É mesmo um treinador de alto nível que tem várias conquistas e esperamos que possa ter ainda mais."

Ancelotti foi um dos principais temas de conversa nesta semana no vestiário da seleção brasileira antes do amistoso de sábado (25) contra o Marrocos —vitória africana por 2 a 1—, com vários atletas como Vinicius Júnior, Ederson, Rodrygo e Casemiro elogiando o italiano.

Mas, segundo Rodrigues, a obsessão por Ancelotti já pegou no Brasil também.

"Vamos ter fé em Deus, esperar o momento oportuno e vamos ver se conseguimos esse objetivo na busca pelo novo técnico da seleção brasileira."

Apesar de elogiar o italiano, Rodrigues destacou que o Brasil deve ter cuidado e respeitar os protocolos, já que Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até 2024.

Ele disse que até agora nenhum contato formal ou abordagem foram feitos pela CBF junto a Ancelotti ou qualquer outro dirigente e que eles começarão a conversar com os possíveis candidatos em meados de abril. O objetivo seria anunciar o novo técnico até o final de maio.

A ideia de Rodrigues é ter a nova comissão técnica anunciada antes da próxima pausa para jogos entre seleções em junho, de forma que o novo treinador possa realizar a convocação e fazer sua estreia —Ancelotti comanda o Real Madrid na Liga dos Campeões, cuja final está programada para o dia 10 de junho, dois dias antes do começo da próxima Data Fifa.

Imagem colorida mostra Ednaldo Rodrigues, um homem de 69 anos, do tronco para cima, olhando para a esquerda.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, acompanha treino da seleção em Tânger, no Marrocos - Abdelhak Balhaki/Reuters

"Seremos muito éticos na nossa abordagem e respeitamos os contratos que estão em vigor. Também respeitamos muito o trabalho que é feito por qualquer treinador para chegar lá e fazer qualquer tipo de abordagem. Isso seria uma falta de respeito ao presidente dos clubes em questão", disse Rodrigues.

"Não há nenhuma definição [do próximo técnico] ainda, mas será nessa linha, entendeu? Precisamos de um técnico que tenha o respeito e a admiração dos jogadores", completou Rodrigues.

Enquanto Ancelotti é o principal alvo e Pep Guardiola, do Manchester City, é considerado inatingível, outros treinadores, como José Mourinho, da Roma, ou Jorge Jesus, do Fenerbahce, também são vistos como possíveis candidatos pela confederação.

Entre os possíveis candidatos brasileiros, Fernando Diniz, do Fluminense, é um dos favoritos dentro da CBF.

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