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Messi se afasta do PSG e avança em negociação para jogar na Arábia Saudita

Jogador argentino teria recebido proposta de R$ 2,1 bilhões por ano

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Riad (Arábia Saudita) | AFP

O argentino Lionel Messi poderá se transferir em breve para o lucrativo campeonato da Arábia Saudita, de onde teria recebido uma "enorme" oferta, depois de dois anos discretos do sete vezes vencedor da Bola de Ouro no PSG.

O reino do Golfo, rico em petróleo, está propondo um acordo "excepcional" ao jogador de 35 anos, afirmou uma fonte em Riad próxima às negociações, nesta terça-feira (9).

A assinatura de Messi com o Fundo Soberano Saudita e com um clube cuja identidade não foi revelada é um "acordo fechado", insistiu a fonte protegida pelo anonimato, citando "algumas arestas" pendentes.

No entanto, o pai do atacante, Jorge Messi, negou que qualquer decisão sobre o futuro do filho já tenha sido tomada.

Lionel Messi em um de seus últimos jogos pelo PSG - Franck Fife - 19.mar.23/AFP

"Não há absolutamente nada com nenhum clube para o próximo ano. A decisão nunca será tomada antes de Lionel terminar o campeonato com o PSG", escreveu Jorge Messi em sua conta oficial no Instagram, atacando aqueles que "enganam conscientemente e deliberadamente sem fornecer nenhuma prova de sua reivindicações".

O mundo das transferências é assolado por negações, reviravoltas no roteiro e incertezas, mas, neste caso preciso, uma coisa parece certa: a aventura de Messi em Paris tem prazo de validade.

Questionado nesta terça-feira pela AFP, o clube parisiense limitou-se a recordar que Messi tem contrato válido até 30 de junho. Mas uma fonte interna foi mais longe: "Se o clube quisesse renovar o contrato, teria feito antes".

Chegando à capital francesa no verão europeu de 2021, o craque pode partir sem ter realizado as esperanças que os donos do Qatar e torcedores parisienses depositaram nele, decepcionados com, segundo eles, sua falta de envolvimento e por seu desempenho discreto.

As aclamações e o bom acolhimento de uma estrela do rock à sua chegada deram lugar às críticas, até aos apitos dos ultras do Parc des Princes, fartos dos fiascos na Champions, que atribuíram à política de transferências do novo rico, cujo principal expoente foi Messi.

É verdade que o argentino marcou gols, deu assistências e teve lampejos de genialidade, mas esteve longe do nível mostrado em seu clube de coração, o Barcelona (2004-2021), do qual saiu com quatro Champions conquistadas.

A hipótese do regresso de Messi à Catalunha parece incompatível com o estado das contas do Barça.

Procurado, o Barcelona não quis comentar a informação. "Por que o Barça teria algo a dizer? Não sabemos nada sobre isso", disse um porta-voz.

Vários meios de comunicação noticiaram nos últimos dias uma oferta exorbitante do Al-Hilal, estimada em 400 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) por ano para convencer Messi e recriar a mítica rivalidade com Cristiano Ronaldo, que joga no grande rival Al Nassr.

Por parte do Al-Hilal, fontes internas disseram à AFP que não estabeleceram contato direto com a comitiva de Messi.

É a Arábia Saudita que faz ele vir, não um clube em particular. O dinheiro vem do mesmo lugar: o fundo soberano, disse a fonte próxima às negociações de Riad.

A Arábia Saudita, como outros países do Golfo, aposta em parte no esporte para diversificar sua economia e mudar sua imagem de reino ultraconservador.

Aquela monarquia petrolífera deu um primeiro golpe no inverno passado ao levar Ronaldo com um contrato estimado em 400 milhões de euros até junho de 2025. Segundo a revista Forbes, só pela temporada de 2023, o português receberá 136 milhões de euros (R$ 744 milhões), o que faz dele o atleta mais bem pago do ano.

Messi já tem contrato com o escritório de turismo da Arábia Saudita. Sua fuga promocional para Riad na semana passada sem a autorização do clube deteriorou seu relacionamento com o PSG, que o separou por alguns dias do grupo como uma sanção.

Os dois anos na França aparecem como uma pequena mancha na carreira triunfante do atacante, campeão em dezembro do Mundial, seu último sonho, contra a França de Kylian Mbappé.

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