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Villa, atacante do Boca Juniors, é condenado a dois anos de prisão por agredir a ex-mulher

Meia-atacante vai ficar livre em condicional e pode ser afastado do elenco profissional; OUTRO LADO: atleta nega as acusações

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Buenos Aires | AFP

O meia-atacante colombiano Sebastián Villa, 27, do Boca Juniors (ARG), foi condenado nesta sexta-feira (2) a dois anos e um mês de prisão por violência de gênero. Apesar disso, ele ficará em condicional, sem ir para a cadeia efetivamente.

Ele foi sentenciado por ter agredido sua ex-mulher, a também colombiana Daniela Cortés.

Sebastián Villa em partida do Boca Juniors contra o Deportivo Pereira, pela Copa Libertadores
Sebastián Villa em partida do Boca Juniors contra o Deportivo Pereira, pela Copa Libertadores - Luis Robayo-18.abr-23/AFP

O tribunal na periferia de Buenos Aires decidiu que Villa era culpado por "ameaças coercitivas e lesões leves com violência de gênero".

A decisão acontece um dia antes do oitavo aniversário da mobilização NiUnaMenos, contra feminicídios na Argentina. No ano passado 252 mulheres foram mortas no país, contra 251 em 2021, segundo dados do Registro Nacional de Feminicídios da Justiça.

Apesar das acusações, Villa vinha atuando normalmente pelo Boca Juniors no Campeonato Argentino e na Copa Libertadores. Juan Román Riquelme, ídolo do clube e homem-forte da atual gestão no futebol, chegou a dizer que o colombiano é o melhor jogador em atividade no futebol na Argentina.

Antes da sentença, a diretoria havia dito que poderia aplicar sanções a Villa, como afastá-lo do elenco profissional. Ele entrou em campo na última quinta-feira (1º), na derrota do Boca contra Arsenal de Sarandi, pela liga nacional. Antes da partida, os dois times mostraram bandeira que trazia o slogan NiUnaMenos.

O clube não tinha tomado nenhuma atitude com a alegação de que a Justiça não havia se pronunciado sobre o caso.

A queixa foi apresentada por Daniela em 27 de abril em 2020. Nesta sexta, o tribunal também determinou que Villa deve manter "regras de conduta, não manter qualquer contato com a vítima, não usar drogas ou abusar de bebidas alcoólicas, passar por tratamento psicológico e palestras sobre violência de gênero".

Durante o julgamento, o jogador manteve que é inocente. Alegou que a ex-mulher, na verdade, o teria agredido.

Daniela reclamou ter recebido repetidos maus tratos entre 2018 e 2020. Ela prestou depoimento por vídeo porque mora em Medellín, na Colômbia. Afirmou que Villa começou a beber demais e se tornou cada vez mais violento. Tudo teria ficado pior, segundo ela, durante a pandemia da Covid-19, quando tiveram de ficar mais tempo juntos em casa.

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