Descrição de chapéu Futebol Feminino Datafolha

Futebol é praticado por 6% das mulheres no Brasil, aponta Datafolha

Entusiasmo geral com a modalidade cresce, mas número de esportistas ainda é limitado

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São Paulo

Cresceu o número de brasileiros e brasileiras interessados por futebol, aponta a mais recente pesquisa Datafolha. Apesar disso, houve estabilidade no número de praticantes da modalidade em relação ao levantamento anterior, realizado em 2018.

Uma parcela de 20% da população diz jogar futebol. Eram 19% há cinco anos. A parte que afirma não chutar bolas oscilou de 81% para 80%, dentro da margem de erro, dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Jogo de torneio de várzea realizado em São Paulo - Rivaldo Gomes - 28.mai.22/Folhapress

Na divisão por gênero, as variações ficaram perto da margem de erro, que é de três pontos percentuais nesse recorte. Agora, são 38% os homens que dizem jogar futebol —eram 34%. As mulheres foram de 4% para 6%, com 94% ainda longe da modalidade.

Foram ouvidas presencialmente 2.535 pessoas, de 16 anos ou mais, entre os dias 31 de julho e 7 de agosto, em 169 municípios de todo o Brasil.

Afirmaram ter interesse por futebol 72% dos entrevistados. A resposta "muito interesse" foi dada por 25%, e 47% manifestaram "um pouco de interesse".

O número geral representa um crescimento relevante em relação aos levantamentos anteriores. Em janeiro de 2018, 59% disseram ter interesse na modalidade. Em dezembro de 2019, o índice foi a 61%

Na pesquisa realizada na virada para este mês, em meio à Copa do Mundo feminina, 80% dos homens manifestaram interesse no futebol (36% com "muito interesse", 43% com "um pouco de interesse"). No caso das mulheres, o interesse geral é de 64% (15% com "muito interesse", 49% com "um pouco de interesse").

O recorte da pesquisa por faixas etárias mostra que os jovens estão mais ligados no esporte: 79% dos entrevistados de 16 a 24 anos mostraram interesse. São 30% os que deram a resposta "muito interesse".

Todo esse entusiasmo, no entanto, tem um fator limitador. Em tempos de arenas modernas, ingressos caros e públicos elitizados na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, as fatias da população de renda inferior são menos frequentes nas partidas.

Só 39% daqueles com renda familiar mensal de até dois salários mínimos dizem ter ido ao estádio assistir a uma partida. O número salta para 76% entre aqueles com renda familiar de mais de dez salários mínimos.

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