Trave e Cássio salvam o Corinthians, que avança à semifinal da Sul-Americana

Time paulista perde no tempo normal, mas avança com vitória nos pênaltis

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São Paulo

Numa noite em que o Estudiantes acertou seis bolas na trave enquanto o Corinthians mal deu trabalho ao goleiro do time argentino, a equipe paulista conquistou uma classificação heroica nesta terça-feira (29) e avançou à semifinal da Copa Sul-Americana, com uma vitória nos pênaltis.

No tempo normal, o time argentino teve a chance de golear a equipe brasileira, sobretudo por sua atuação no primeiro tempo, quando, além de um gol, acertou três bolas na trave. Na segunda etapa, além do poste, que mais uma vez salvou os corintianos, Cássio também fez uma série de defesas importantes.

A vitória por 1 a 0, porém, apenas devolveu o placar pelo qual os paulistas venceram o jogo de ida, na Neo Química Arena, e acabou levando a decisão para os pênaltis.

Na disputa, os argentinos acertaram duas bolas na trave, Cássio defendeu uma cobrança e os corintianos venceram por 3 a 2.

Na próxima fase, o Corinthians vai enfrentar o vencedor do confronto entre Fortaleza e América Mineiro. No primeiro jogo, em Minas, os cearenses venceram por 3 a 1. O duelo de volta será na quinta-feira (1).

Cássio faz defesa durante partida entre Corinthians e Estudiantes
Cássio faz defesa durante partida entre Corinthians e Estudiantes - @Sudamericana no Twitter

O resultado alivia a pressão sobre o técnico Vanderlei Luxemburgo, questionado desde a queda do time do Parque São Jorge na semifinal da Copa do Brasil, diante do São Paulo.

O fracasso na tentativa de buscar o caneco nacional aumentou a importância de lutar pelo título da Copa Sul-Americana e, por isso, uma nova desclassificação nesta terça poderia abreviar a passagem do técnico pelo clube paulista.

Apesar da classificação, no entanto, a forma como o Corinthians jogou diante do Estudiantes rendeu uma série de críticas ao treinador nas redes sociais. Muitos questionavam a escalação, enquanto outros alertavam para o domínio do adversário na partida.

Os argentinos tiveram 30 finalizações contra apenas 7 dos corintianos. Os números refletem a postura do time brasileiro, determinada pela forma como a equipe foi escalada.

Assim que a bola rolou, chamou a atenção o posicionamento de Renato Augusto. Em vez de ter o meia no setor de criação, onde ele atua como um maestro, o treinador adiantou o camisa 8, de forma que ele ficou quase isolado na frente.

À esquerda, Romero mal conseguia dominar a bola. À direita, Matias Rojas tentava procurar espaços após o próprio Renato Augusto orientar o posicionamento do companheiro. À beira do gramado, vendo a equipe ser dominada, e escapar de uma goleada somente pela sorte e a trave, Luxemburgo pouco fazia.

Depois do intervalo, porém, o treinador fez duas trocas. Sacou Romero e Ruan Oliveira e lançou em campo Yuri Alberto, surpresa entre os reservas, e Wesley. Mas, principalmente, reposicionou Renato.

Se não foi suficiente para se redimir do apático primeiro tempo, quando além do gol sofrido com apenas 50 segundos, anotado por Mauro Méndez, e ver outras três finalizações acertarem a trave de Cássio, ao menos fez a equipe paulista se fazer mais presente no campo ataque.

Até porque seria difícil diminuir ainda mais a produção apresentada nos 45 minutos iniciais, quando teve uma finalização contra 17 dos donos da casa, sendo oito delas com perigo à meta alvinegra.

Mesmo assim, os argentinos ainda conseguiram acertar mais uma bola na trave, enquanto o Corinthians não teve nenhuma grande chance perdida para lamentar.

Com o passar do tempo, os argentinos apresentaram um cansaço, enquanto os corintianos pelo menos conseguiram segurar o resultado que forçava a decisão por pênaltis.

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