Descrição de chapéu Financial Times Estados Unidos

Netflix fecha acordo de R$ 24,7 bilhões para transmitir luta livre nos EUA

Serviço de streaming exibirá a atração a partir de 2025 como parte de um acordo de dez anos

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Christopher Grimes
Los Angeles | Financial Times

A Netflix fechou um acordo de US$ 5 bilhões (R$ 24,7 bilhões) para transmitir o programa Raw de luta livre da WWE (World Wrestling Entertainment) nos Estados Unidos ao longo da próxima década, na maior incursão do grupo até agora na transmissão de eventos ao vivo.

O serviço de streaming está apostando que a exibição de três programas ao vivo por semana permitirá capturar a grande e leal base de fãs de um programa que ajudou a lançar as carreiras de Dwayne "The Rock" Johnson, John Cena e "Stone Cold" Steve Austin.

O acordo, que começa em janeiro de 2025, expandirá significativamente o uso da tecnologia necessária para transmitir eventos esportivos ao vivo pela Netflix.

Cody Rhodes (de calça azul) e Roman Reigns (de calça preta) durante o evento Wrestlemania Night 2 no SoFi Stadium em Inglewood, na Califórnia
Cody Rhodes (de calça azul) e Roman Reigns (de calça preta) durante o evento Wrestlemania Night 2 no SoFi Stadium em Inglewood, na Califórnia - Joe Camporeale - 2.abr.2023/USA TODAY Sports

A decisão da WWE de tirar o Raw da USA Network, onde é o programa de maior audiência, também reflete as pressões econômicas sobre os operadores tradicionais de televisão a cabo à medida que mais consumidores migram para o streaming.

O acordo "expande drasticamente o alcance da WWE e traz a visualização semanal ao vivo para a Netflix", disse Mark Shapiro, presidente e diretor de operações da proprietária da WWE, TKO. "Este acordo é transformador", acrescentou. A TKO é controlada pelo grupo Endeavor de Ari Emanuel.

No âmbito do acordo, a Netflix também terá o direito de transmitir todos os programas da WWE fora dos Estados Unidos, incluindo SmackDown e WrestleMania.

Executivos da Netflix há muito tempo minimizam qualquer interesse em buscar acordos de esportes ao vivo, mesmo quando serviços de streaming concorrentes, como Apple e Amazon, começaram a transmitir esportes profissionais para atrair assinantes.

Em uma conferência de investimento em dezembro, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, disse que a empresa encontrou um nicho em "drama esportivo", como seus documentários sobre Fórmula 1, tênis e uma série recente sobre o ex-jogador de futebol inglês David Beckham. "Onde realmente podemos nos diferenciar e superar todos os outros é na narrativa dos esportes, no drama dos esportes", disse ele.

A Netflix tem trabalhado para melhorar sua capacidade de transmitir ao vivo, o que poderia permitir que ela mostrasse uma variedade maior de programação, desde notícias ao vivo e cerimônias de premiação até comédia stand-up, além de esportes.

No ano passado, a empresa começou a experimentar um especial do comediante Chris Rock e pretende transmitir uma partida de tênis de exibição ao vivo entre Rafael Nadal e Carlos Alcaraz em março.

Shapiro disse estar confiante de que quaisquer desafios técnicos com a transmissão ao vivo serão resolvidos até que o acordo entre em vigor em janeiro do próximo ano. "Temos um ano inteiro para garantir que acertemos."

As empresas também devem desenvolver documentários baseados na WWE para ajudar a ampliar seu apelo, disse Shapiro. "Eles [Netflix] criaram um verdadeiro segmento com os documentários que fazem sobre vários esportes", disse ele ao Financial Times. "Você pode esperar que ao longo deste acordo buscaremos fazer um documentário sobre os personagens e superastros da WWE".

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