O defensor da Inter de Milão, Francesco Acerbi, deixou nesta segunda-feira (18) a concentração da seleção italiana para jogar dois amistosos nos Estados Unidos, após a divulgação de supostos insultos racistas contra o zagueiro brasileiro do Napoli, Juan Jesus.
Em comunicado, a FIGC (Federação Italiana de Futebol) indicou que Acerbi deu sua "versão dos fatos" aos seus companheiros da Azzurra e ao treinador Luciano Spalletti "sobre o suposto comentário racista".
"Não tinha a intenção de difamar, denegrir ou ser racista", acrescentou a FIGC sobre a resposta de Acerbi, que saiu da convocatória de 28 jogadores para enfrentar Venezuela e Equador, em jogos de preparação para a Eurocopa de 2024, onde a Itália defenderá seu título.
O defensor da Roma, Gianluca Mancini, foi convocado para substituir Acerbi, que será interrogado pelas autoridades disciplinares da FIGC depois que Juan Jesus afirmou que ele usou um insulto racista no empate em 1 a 1 entre Inter e Napoli no domingo (17).
Nas imagens do jogo, o defensor brasileiro reclama com o árbitro Federico La Penna, dizendo aparentemente: "ele me chamou de negro."
Após a partida, Jesus, que marcou o gol de empate do Napoli, disse que Acerbi "ultrapassou a linha", mas que ambos tinham esclarecido as coisas.
"Ele se desculpou porque percebeu que tinha ido longe demais... são coisas que acontecem em campo, ficam em campo", disse Jesus à plataforma DAZN.
A Serie A informou à AFP que o relatório regular do "juiz esportivo" Gerardo Mastrandrea será publicado na terça-feira (19). Nele será confirmado se Acerbi será investigado pelo incidente. O defensor corre o risco de ser suspenso por vários jogos por abuso racial.
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