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Iga Swiatek conquista Roland Garros pela 4ª vez e gera comparações com Nadal

Polonesa derrotou italiana Jasmine Paolini por 6/2 e 6/1 e chegou ao quarto título em cinco anos

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Paris

Assim que a polonesa Iga Swiatek, 23, ganhou o primeiro ponto contra a italiana Jasmine Paolini, 28, neste sábado (8), um gaiato gritou em francês, da arquibancada da quadra central de Roland Garros: "Vai, Jasmine, ainda não acabou!".

Ainda não tinha acabado, mas poucos tinham dúvida sobre o desfecho da final feminina do Aberto da França. Em apenas 68 minutos, Swiatek saiu vencedora com parciais de 6/2 e 6/1.

Este é o terceiro triunfo consecutivo de Swiatek em Roland Garros, e o quarto em cinco anos. Ela só tem mais um título de Grand Slam, o Aberto dos EUA de 2022.

Mulher branca comemora vitória no tênis. Ela veste uniforme azul com detalhes vermelhos e brancos e usa boné branco
A polonesa Iga Swiatek comemora sua vitória sobre a italiana Jasmine Paolini após a final de simples feminino na quadra Philippe-Chatrier, no décimo quarto dia do torneio de tênis do Aberto da França, no Complexo Roland Garros, em Paris. - Emmanuel Dunand-8.jun.24/AFP

A hegemonia da polonesa na quadra francesa levou a uma inevitável comparação com o "rei do saibro", o espanhol Rafael Nadal, quatorze vezes campeão em Roland Garros. Este ano, prejudicado por lesões e cirurgias, Nadal, 38, foi eliminado na primeira rodada, naquela que pode ter sido sua última participação no torneio.

A imprensa francesa cunhou até um verbo para definir o domínio de Swiatek: disseram que ela está "nadalizando" Roland Garros. Este ano, ela chegou a vencer uma partida por 6/0 e 6/0. Perdeu apenas um set em todo o torneio, na segunda rodada, contra a japonesa Naomi Osaka, 26.

Foi, porém, um enorme susto: Osaka, ex-número 1 do mundo, chegou a estar a um ponto da vitória. A polonesa precisou mostrar outra de suas qualidades, a resiliência, para virar a partida.

Na primeira vez que ouviu o neologismo, Swiatek não entendeu direito. Depois da explicação, se disse honrada: "Nunca esperaria que alguém me comparasse a Rafa. É bacana ser mencionada na mesma frase que ele."

A número 1 do mundo atribui sua afinidade com Roland Garros à lentidão do piso de saibro. "Eu posso me defender melhor e tenho mais tempo para atacar."

A sorridente Paolini, 28, número 15 do mundo, que disputava sua primeira final de Grand Slam e em Roland Garros nunca passara da segunda rodada, defendeu-se com bravura.

A italiana chegou a quebrar o serviço da adversária já no terceiro game e liderar por 2/1. Mas Iga devolveu a quebra logo depois e venceu todos os demais games do primeiro set.

Distribuindo paralelas e cruzadas e fazendo a pequena italiana de 1,63 metros correr de um lado para o outro da quadra, Swiatek não demonstrou a menor piedade. "Iga para presidenta!", gritou um fã a dois games do final.

O público parisiense, mais animado este ano do que de costume — a ponto de terem proibido bebidas alcoólicas nas arquibancadas no meio do torneio—, incentivou a italiana o quanto pôde. Mas a sensação de inevitabilidade tomou conta rapidamente de Roland Garros.

A premiação emocionou o público. O troféu foi entregue a Swiatek pelas ex-campeãs Chris Evert, 69, e Martina Navratilova, 67, maiores rivais dos anos 1970. Navratilova anunciou no ano passado ter se curado de câncer de garganta e de mama.

"Quase perdi na segunda rodada, mas vocês continuaram me apoiando. Merci beaucoup, je t'aime", disse a campeã ao público francês após a partida.

O tri consecutivo da polonesa é um feito raro. Na era profissional, desde 1968, apenas duas mulheres venceram Roland Garros três vezes seguidas: a iugoslava (nascida na Sérvia) Monica Seles (1990 a 1992) e a belga Justine Henin (2005 a 2007). A recordista de títulos é a americana Chris Evert, com sete.

Desde que o torneio se tornou internacional, em 1925, nunca houve uma campeã quatro vezes consecutivas. Duas francesas conseguiram o tetra antes disso, Jeanne Matthey (1909-12) e Suzanne Lenglen (1920-23).

Neste domingo, Roland Garros terá um campeão masculino que não se chama Rafael Nadal ou Novak Djokovic pela primeira vez desde o suíço Stan Wawrinka, em 2015. Disputam a final o espanhol Carlos Alcaraz e o alemão Alexander Zverev.

Na coletiva após o jogo, na sala de imprensa da quadra Philippe-Chatrier, Iga elogiou a adversária. "Não foi tão fácil quanto o placar diz. Fui quebrada no início. Ontem e hoje de manhã, senti muito estresse. Consegui lidar com isso", comentou. "Sou perfeccionista, sempre coloco pressão em mim mesma. A expectativa foi muito grande desde o início do torneio, mas consegui melhorar a cada jogo."

"Ela mantém a intensidade em todos os pontos, e não é fácil aguentar", disse Paolini à Folha, sem perder o sorriso característico, após a derrota. Ela sobe para o sétimo lugar no ranking mundial.

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