1ª medalhista da Ucrânia em Paris-2024 dedica conquista ao povo de seu país

'Não desistimos', diz Olga Kharlan, que considerou especial seu feito em meio à guerra travada com a Rússia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Paris | AFP

A esgrimista Olga Kharlan, 33, ganhou a medalha de bronze na prova individual de sabre nesta segunda-feira (29), a primeira da Ucrânia nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, e a dedicou "ao povo da Ucrânia".

"Esta medalha é especial para o meu país", afirmou ela . "É para o povo da Ucrânia, para seus defensores [soldados], para os atletas que não puderam vir [a Paris] porque foram mortos pela Rússia", acrescentou, emocionada, lembrando a guerra que os ucranianos travam com os russos.

"Também é para todos os atletas que estão representando a Ucrânia. Estamos mostrando ao mundo que podemos lutar", afirmou a esgrimista. "Não desistimos."

A esgrimista ucraniana Olga Kharlan aponta para o público com o dedo indicador da mão esquerda ao receber a medalha de bronze, que segura com a mão direita, na prova individual de sabre das Olimpíadas de Paris
A esgrimista ucranian Olga Kharlan aponta para o público em Paris ao receber a medalha de bronze na prova individual de sabre das Olimpíadas de 2024 - Franck Fife/29.jul.2024/AFP

Kharlan venceu a luta pelo terceiro lugar por uma margem estreita (15 a 14) contra a sul-coreana Choi Se-bin, em uma recuperação espetacular depois de estar perdendo por 11 a 5.

A ucraniana perdeu a chance de disputar o ouro ao ser derrotada na semifinal pela francesa Sara Balzer. Ela soma cinco medalhas em Olimpíadas, sendo uma de ouro, uma de prata e três de bronze.

Os Jogos Olímpicos em Paris podem ser os últimos da esgrimista de sabre mais dominante da última década.

Kharlan está desgastada por meses de batalhas políticas contra o retorno da Rússia a essa modalidade e angustiada pela situação de sua família em meio à guerra, além de sofrer os impactos que o esporte infligiu em seu corpo.

Além de suas vitórias, a ucraniana é lembrada por ter sido desqualificada do Campeonato Mundial de 2023, quando se recusou a apertar a mão da rival russa Anna Smirnova.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.