Bicampeãs olímpicas, Martine e Kahena ficam sem chance de medalha em Paris-2024

Dupla da vela se classifica em 8º para a regata final na classe 49er FX, mas não lutará pelo pódio nas águas de Marselha

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Não será desta vez que o Brasil terá um esportista tricampeão olímpico. Ou, neste caso, duas esportistas.

A dupla Martine Grael/Kahena Kunze, que conquistou o ouro nos Jogos do Rio-2016 e de Tóquio-2020, não teve bom desempenho geral nas águas de Marselha, local da vela olímpica em Paris-2024, e não disputará medalha na classe 49er FX.

Depois das regatas desta quarta-feira (31), Martine e Kahena conseguiram se classificar para a regata final na oitava posição (serão dez embarcações), mas farão figuração nela.

O máximo que elas têm condição de obter é o quinto lugar.

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze competem em Marselha em regata olímpica da classe 49er FX
As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze (dir.) competem em Marselha em regata olímpica da classe 49er FX - Andrew Boyers - 31.jul.2024/Reuters

"Estou feliz de fazer a Medal Race [Corrida da Medalha], porque até ontem a gente estava em 15º, uma posição em que não se via luz no fim do túnel", afirmou Kahena, 33, que é proeira da dupla.

"Os outros dias foram um pouco tristes, mas hoje [quarta] foi um alívio poder velejar mais. Nos outros dias não clicou, e hoje clicou. Simples assim", disse a timoneira Martine, 33, que é filha de Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (dois ouros, uma prata e um bronze).

Ela prosseguiu: "Eu chorei tudo que tinha para chorar já. Nesses outros dias, a gente não conseguiu performar. [Na Medal Race] é fazer o que a gente pode e se divertir".

Faz parte, é o esporte. Às vezes você ganha e às vezes você perde. Talvez não fosse a nossa semana. A gente sempre vai ser bicampeãs olímpicas e isso nos dá muito orgulho

Kahena Kunze

parceira de Martine Grael, comentando o desempenho delas na vela nestas Olimpíadas

Com Martine e Kahena alijadas da disputa de medalha, o Brasil corre risco de ficar fora do pódio na vela olímpica pela primeira vez desde Atlanta-1996.

O país compete ainda em várias classes, com Mateus Isaac (IQFoil), Gabriela Kidd (ILCA 6), Bruno Fontes (ILCA 7), Henrique Haddad e Isabel Swan (470, mista), João Siemsen e Marina Arndt (NACRA17, mista) e Bruno Lobo (Fórmula Kite).

Nenhum desses barcos, entretanto, detém favoritismo na competição olímpica deste ano.

Com 19 medalhas, a vela é o segundo esporte em que o Brasil mais "medalhou" em Olimpíadas, junto com o atletismo, e o que mais faturou ouros (oito).

Na frente, no total de pódios em Jogos, somente o judô, com 26 –dois deles em Paris-2024.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.