Rayssa Leal não dedicou medalha olímpica a Bolsonaro em entrevista

Atleta não fez nenhuma menção à política em conversa

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São Paulo

É falso post segundo o qual a skatista Rayssa Leal teria dedicado, durante entrevista ao canal CazéTV, a medalha de bronze que ganhou nas Olimpíadas de Paris ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Como é possível verificar na gravação original, disponível no YouTube, ela não fez nenhuma menção ao político.

Após a conquista da medalha, a atleta, de 16 anos, conversou com a repórter Day Natale e o humorista Diogo Defante, da CazéTV. Como verificado pelo Comprova, entre outros pontos, ela falou sobre o nervosismo que sentiu antes das provas e destacou como o apoio da equipe e da torcida foi crucial para sua conquista. Em nenhum momento Rayssa dedicou a medalha a Bolsonaro ou a qualquer pessoa. Ela tampouco desejou que Bolsonaro volte a ser presidente em 2028, diferentemente do que diz o conteúdo falso —após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele está inelegível até 2030.

Rayssa Leal, de cabelos longos e lisos, está de casaco azul-marinho com detalhes em amarelo. Ela segura medalha redonda com fita azul ao redor do pescoço com a mão esquerda. Na mão direita, um objeto claro e comprido. Fundo é desfocado e colorido (seria o público, que não dá para ver)
Rayssa Leal com sua medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris - Kirill Kudryavtsev - 28.jul/2024/AFP

Além de não ter observado questões políticas na entrevista, a reportagem não encontrou declarações de Rayssa relacionadas a Bolsonaro em nenhum outro momento de sua carreira como atleta.

O Comprova tentou contato com o autor do post, que não respondeu até a publicação deste texto.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

POR QUE INVESTIGAMOS

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99581-6340 ou pelo email folha.informacoes@grupofolha.com.br.

Leia a verificação completa no site do Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por Folha, Agência Tatu e Programa de Residência e publicada em 30 de julho pelo Comprova, coalizão que reúne 42 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por O Popular, Estadão e Terra.

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