Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Malabarista, Augusto Akio recoloca Brasil no pódio do skate nos Jogos de Paris

Paranaense se diverte com malabares, impressiona público e leva bronze na modalidade park

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Augusto Akio durante a competição do skate park

Augusto Akio durante a competição do skate park - Mathilde Missioneiro / Folhapress

Paris

O Brasil colocou três atletas na final da modalidade park do skate nos Jogos Olímpicos de Paris. Augusto Akio foi o que teve o melhor desempenho na tarde francesa de quarta-feira (7) e conquistou a medalha de bronze. Pedro Barros ficou na quarta colocação, e Luigi Cini obteve o sétimo lugar.

Conhecido como Japinha, Akio se divertiu na pista montada na Place de la Concorde. Usou malabares para entreter o público, cumprimentou o arroz de festa Snoop Dogg e, em sua tentativa final, obteve 91.85, suficiente para o terceiro lugar. O ouro foi do australiano Keegan Palmer, com 93.11, e a prata ficou com o americano Tom Schaar, com 92.23.

Foi a segunda medalha do skate brasileiro em Paris e a quinta de sua ainda recente história olímpica. O esporte entrou no programa dos Jogos em Tóquio, em 2021, com pratas de Rayssa Leal e Kevin Hoefler no street e de Pedro Barros no park. Em Paris, Rayssa levou o bronze no street, e agora Akio beliscou o bronze no park.

Augusto Akio manobra diante do Obelisco de Luxor - Mathilde Missioneiro/Folhapress

No último dia de competições do skate na capital francesa, todos os brasileiros que estavam na disputa avançaram à decisão. Foi no limite, com a sexta, a sétima e a oitava posições no ranking que definiu os oito classificados. Eles adotaram, então, tom semelhante, manifestando mais deleite com a experiência do que preocupação com a pontuação.

"Não foi fácil chegar até aqui. Após as últimas Olimpíadas, passei um ano em que me desconectei muito do meu corpo, fiquei bem longe do skate. E ter buscado isso de volta, a conexão com esta ferramenta sagrada aqui, que sempre foi meu melhor amigo, um parceiro gigante, é a maior conquista", disse Barros.

"Eu gostei de verdade de ter vindo para cá, uma honra. É uma consagração enorme representar um país que é tão bonito por natureza", emendou Akio, ainda sem saber que sua jornada ficaria ainda melhor. "É com respeito e união que a gente consegue buscar um amanhã melhor. A batalha pode ser dura, a gente pode cair várias vezes, mas a missão é esta: buscar um amanhã melhor."

Antes do amanhã, havia um hoje a ser resolvido. Após pouco mais de duas horas de descanso, os atletas estavam novamente na pista para a decisão, cujo modelo era o mesmo da fase de classificação. Cada um tem três voltas de 45 segundos, para executar suas manobras, com nota de 0 a 100. Vale a melhor das três.

O protocolo de abertura do evento foi responsabilidade do americano Tony Hawk, lenda do skate, que papeou animadamente com o rapper Snoop Dogg antes de bater com o bastão teatral francês no chão e dar início à disputa. Mas o craque parece não ter inspirado instantaneamente os competidores –nenhum dos seis primeiros completou sua volta inicial.

Ao passo que a disputa street imita espaços de rua, com degraus e corrimãos, o park tem uma pista com um formato similar a uma tigela, cheia de ondulações. Os atletas são incentivados a buscar manobras aéreas, acrobáticas, e a busca por movimentos ousados ocasionou diversos erros na decisão.

Cada um dos brasileiros teve sua melhor volta só na tentativa final. Akio vibrou muito com sua volta e buscou os malabares para celebrar. Barros, em seguida, ficou apenas 0.20 atrás. Com a sequência das apresentações, confirmou-se o bicampeonato olímpico de Keegan Palmer e o bronze do paranaense, que deu novo show de malabares.

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