Descrição de chapéu paralimpíadas

Brasil conquista novo ouro no judô e fica a um do recorde histórico

Wilians Araújo se tornou campeão olímpico na categoria acima de 90 kg, classe J1

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Paris


Antes dos Jogos de Paris, Antonio Tenório era o único judoca brasileiro com medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. Em poucos minutos, neste sábado (7), o país triplicou a conta na Arena Campo de Marte.

Três lutas depois da vitória de Arthur Silva, o paraibano Wilians Araújo, 33, tornou-se campeão ao bater o judoca da Moldávia, Ion Basoc, na categoria acima de 90 kg, J1.

"O moldávio é muito difícil, eu tinha perdido para ele no mês de maio, estava 3 a 1 [a favor], agora está 4 a 1. É muito bom construir essa história", disse ele.

O ouro de Wilians Araújo foi o 21º do Brasil nos Jogos de Paris. A delegação está a uma conquista de igualar a marca de 22 ouros obtida em Tóquio-2020.

Depois da luta, o judoca dedicou a vitória à filha Carolina, de 1 ano e sete meses. "É tudo por ela, quero que ela tenha muito orgulho do pai que ela tem, uma pessoa com deficiência que conseguiu vencer através do esporte."

Um atleta de judô está sentado no tatame, aplaudindo. Ele usa um judogi branco e tem uma bandeira do Brasil em sua roupa. O fundo mostra uma tela com as palavras 'PARIS 2024'. O tatame é colorido, com áreas em vermelho, amarelo e azul.
Judoca Wilians Araújo comemora ouro após vencer o moldavo Ion Basoc, na classe J1, para atletas com deficiência visual, na categoria acima de 90 kg - Marcello Zambrana/CPB

Os judocas são separados em duas categorias de deficiência visual: J1 (cegos totais ou com percepção de luz) e J2 (atletas que conseguem definir imagens). Em Paris, essa é a primeira vez que a modalidade tem a divisão na classificação.

Líder do ranking, o brasileiro entrou como favorito no combate. E com menos de um minuto de luta, já conseguiu um wazari de pontuação, na própria sequência do golpe, o árbitro encerrou o duelo, anotando o ippon a favor do brasileiro. Na hora de comemorar, Araújo ergueu o rival Basoc.

Prata nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, o judoca conviveu com uma lesão grave no ciclo seguinte, e foi eliminado na primeira luta em Tóquio, em 2021.

O peso-pesado perdeu a visão aos 10 anos, em um acidente com tiro de espingarda e começou a praticar judô em 2009, após não se adaptar à natação.

Essa foi a quinta medalha do judô brasileiro nas Paralimpíadas de Paris.

Antes, ganhou ouro com Arthur Silva (até 90 kg, J1), ouro com Alana Maldonado (até 70 kg, J2), prata com Brenda Freitas (até 70 kg, J1) e bronze com Rosicleide Andrade (até 48 kg, J1).

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