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Folha chega aos 100 anos com liderança digital consolidada

Jornal leva vantagem em audiência e assinaturas, segundo Comscore e IVC, os dois institutos auditores desse mercado

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São Paulo

A Folha chega aos 100 anos com a posição de liderança consolidada no mercado digital. É o que mostram dados de audiência da Comscore, empresa americana especializada na análise de tráfego, e de assinaturas do IVC Brasil (Instituto Verificador de Comunicação), os dois institutos auditores desse mercado.

A média mensal de PVs (páginas vistas) na Folha, que refletem quanto de conteúdo foi consumido pelos leitores, ficou em 220,6 milhões em 2020, segundo a Comscore indica no painel Media Metrix -Multi-Plataforma.

Ante seu concorrente direto, O Estado de S. Paulo, cuja média mensal de PVs ficou em 77,3 milhões, a Folha é 199% maior. Ante o jornal carioca O Globo (179,7 milhões), é 23% maior.

Acumuladas, as visualizações de janeiro a dezembro chegam a 2,6 bilhões na Folha, enquanto Estado e Globo somaram, respectivamente, 884 milhões e 2,1 bilhões.

Em visualizações, o recorde da Folha na Comscore continua a ser o do outubro eleitoral de 2018 (457,8 milhões), seguido pelo dado de abril de 2020 (377,8 milhões), em meio ao agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil.

Além do volume de páginas lidas, outra métrica de engajamento em que a Folha lidera é o chamado ‘time spent’, ou tempo gasto em português. Ele mede o total de minutos que os internautas gastaram, juntos, em um site.

Dezenas de cadeiras e mesas, vazias, na Redação da Folha
Desde abril, por causa da pandemia de Covid-19, Redação da Folha está vazia; jornalistas trabalham de suas casas pelo país - Eduardo Knapp/Folhapress

Os leitores da Folha investiram em 2020 por mês, na média, 274 milhões de minutos navegando por conteúdos, informa a Comscore.

O número é 364% superior ao que foi gasto no Estado (59 milhões de minutos em média, por mês) e 36% maior que os dedicados pelos leitores do Globo (201 milhões de minutos).

O pico de tempo de leitura foi registrado em abril, com 460 milhões de minutos, na esteira do noticiário da Covid-19 e da crise no governo Bolsonaro, quando a Folha noticiou em primeira mão a saída do então ministro Sergio Moro. No mesmo mês, Estado anotou 71 milhões de minutos e Globo, 296 milhões.

A terceira métrica chave medida pela Comscore é o número de visitantes únicos, que contabiliza quantas pessoas acessaram um site.

Na média do ano passado, 27,3 milhões de usuários acessaram a Folha por mês, valor 69% maior do que o anotado pelo Estado (16,2 milhões) e 5% menor do que o Globo (28,8 milhões).

O pico de visitantes da Folha também foi registrado em abril, de 40,2 milhões.

De acordo com dados do Google Analytics 360, ferramenta de audiência usada internamente, a Folha teve o recorde de 73,8 milhões de visitantes únicos em abril. A diferença ocorre pelas diferentes metodologias adotadas —a medição da Comscore consegue separar a sobreposição de usuários mobile e desktop.

CIRCULAÇÃO

A liderança da Folha também ocorre na audiência paga, posição conquistada graças à força da internet.

Em 2020, a média mensal de assinaturas digitais, em que o jornal se mantém líder absoluto, foi de 266.669, ante 244.829 do Globo e 151.942 do Estado. Em dezembro, ficou em 278.137 mil assinantes digitais, acima dos concorrentes diretos, respectivamente com 263.571 e 152.933.

No cálculo geral do ano passado do IVC, que inclui os assinantes impressos, foram 337.854 exemplares diários pagos por mês, crescimento de 3% ante média de 2019. O Globo veio em segundo, com 332.176 (+2%), e O Estado de S. Paulo em terceiro com 239.395 (-1%). ​

No ranking exclusivo da circulação paga impressa, a Folha fechou 2020 com média mensal 71.185 pagantes, ante 87.346 de O Globo e 87.453 do Estado. Em dezembro, os três tiveram 65.385, 78.167 e 80.382, respectivamente.

A maior parte das assinaturas chega pelo chamado paywall (muro de pagamento) poroso, que aparece em reportagens e colunas da Folha desde 2012. O formato de cobrança de conteúdo no ambiente online perdura até hoje, sendo adotado por outros veículos desde então.

Com esse modelo, o crescimento das vendas de assinaturas digitais foi de 200% durante a cobertura da pandemia do coronavírus, por exemplo.

“A audiência remunerada na internet é a chave para a boa saúde financeira das empresas jornalísticas. A Folha caminha para consolidar a transição para um negócio majoritariamente digital. As possibilidades que esse mundo abriu para o jornalismo profissional são imensas, mas o cerne continua o mesmo: a prestação de um serviço indispensável para a vida democrática”, afirma Antonio Manuel Teixeira Mendes, superintendente do Grupo Folha.

GRUPO FOLHA

É também pela variedade de negócios do Grupo Folha, aliás, que se entende a sua estabilidade financeira.

“Chegar aos 100 anos já é fato raro na indústria jornalística. Atingir esse estágio com relevância e repercussão, no contexto da crise estrutural vivida por nossa indústria no mundo todo, é mais raro ainda”, diz Judith Brito, superintendente da empresa Folha da Manhã, que edita a Folha.

Judith destaca “a invasão avassaladora, nas últimas duas décadas, das grandes plataformas norte-americanas de tecnologia”, bem como sua concorrência pelas receitas publicitárias.

“Isso afetou a saúde financeira de muitos no setor, que acabaram fechando as portas. A Folha tem se mantido como o jornal mais influente do país, e pode sustentar sua independência jornalística graças à fidelidade aos seus princípios editoriais e ao equilíbrio econômico-financeiro do Grupo Folha”, completa ela.

Entre as empresas do grupo estão, por exemplo, a Folhapress, agência de notícias que distribui conteúdo produzido pelas empresas jornalísticas, e o Datafolha, um dos principais institutos de pesquisa do Brasil.

O Grupo Folha tem também participação minoritária, indireta e em ações sem direito a voto no UOL, empresa que em 2021 completa 25 anos.

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