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07/03/2007
-
18h31
da BBC, em Washington
O subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, disse em Washington nesta quarta-feira, durante uma coletiva na sede do Departamento de Estado, que a situação dos direitos humanos no Brasil deve ser um dos temas discutidos durante a visita do presidente George W. Bush ao Brasil.
O líder americano chega ao Brasil nesta quinta-feira e se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia seguinte. Ele virá acompanhado da secretária de Estado, Condoleezza Rice, e do próprio Shannon.
'"Os direitos humanos são um importante componente da democracia. E direitos humanos sempre integram a nossa agenda. É de se supor que esses temas poderão e provavelmente serão levantados"', afirmou Shannon, em resposta a uma pergunta da BBC Brasil.
Na terça-feira, o Departamento de Estado divulgou o seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em diferentes países mundiais. Segundo o documento, o Brasil conta com um elevado número de mortes e torturas cometidas por forças policiais; demonstra inabilidade em proteger testemunhas de crimes e não pune policiais acusados por supostas ações criminosas.
O documento lista ainda como práticas corriqueiras ataques contra membros da imprensa cometidos por autoridades locais e pelo crime organizado e atos de violência praticados contra mulheres, crianças e representantes de minorias.
Inaceitável
O Itamaraty classificou o relatório americano de "inaceitável". De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "relatórios elaborados unilateralmente por países, segundo critérios domésticos", em muitas ocasiões seguem "inspiração política".
Na terça-feira, Barry F. Lowenkron, o secretário-adjunto do Departamento de Estado responsável pela área de direitos humanos, disse à BBC Brasil que a trajetória dos direitos humanos no Brasil é "positiva", em contraste com a da Venezuela, que, segundo ele, vem se deteriorando.
Segundo Lowenkron, o Departamento de Estado não espera de nenhum país uma conduta ilibada em termos direitos humanos. De acordo com ele, o que a secretária de Estado americano, Condoleezza Rice, busca é que os países demonstrem estar no caminho certo em termos de direitos humanos.
Lowenkron disse que "mesmo estando ciente de todos os problemas com o Brasil, o país permanece sendo um de nossos principais parceiros e amigos".
Em editorial publicado na edição desta quarta-feira, o jornal "The New York Times" diz que o presidente Bush precisa apontar ''os desempenhos desiguais em direitos humanos de aliados como a Colômbia e a Guatemala''.
De acordo com o jornal, se Washington não criticar Colômbia e Guatemala, poderá ser acusada de usar dois pesos e duas medidas ao criticar a política de intimidação e perseguição de adversários promovida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
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Direitos humanos estão na agenda de Bush no Brasil
BRUNO GARCEZda BBC, em Washington
O subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, disse em Washington nesta quarta-feira, durante uma coletiva na sede do Departamento de Estado, que a situação dos direitos humanos no Brasil deve ser um dos temas discutidos durante a visita do presidente George W. Bush ao Brasil.
O líder americano chega ao Brasil nesta quinta-feira e se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia seguinte. Ele virá acompanhado da secretária de Estado, Condoleezza Rice, e do próprio Shannon.
'"Os direitos humanos são um importante componente da democracia. E direitos humanos sempre integram a nossa agenda. É de se supor que esses temas poderão e provavelmente serão levantados"', afirmou Shannon, em resposta a uma pergunta da BBC Brasil.
Na terça-feira, o Departamento de Estado divulgou o seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em diferentes países mundiais. Segundo o documento, o Brasil conta com um elevado número de mortes e torturas cometidas por forças policiais; demonstra inabilidade em proteger testemunhas de crimes e não pune policiais acusados por supostas ações criminosas.
O documento lista ainda como práticas corriqueiras ataques contra membros da imprensa cometidos por autoridades locais e pelo crime organizado e atos de violência praticados contra mulheres, crianças e representantes de minorias.
Inaceitável
O Itamaraty classificou o relatório americano de "inaceitável". De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "relatórios elaborados unilateralmente por países, segundo critérios domésticos", em muitas ocasiões seguem "inspiração política".
Na terça-feira, Barry F. Lowenkron, o secretário-adjunto do Departamento de Estado responsável pela área de direitos humanos, disse à BBC Brasil que a trajetória dos direitos humanos no Brasil é "positiva", em contraste com a da Venezuela, que, segundo ele, vem se deteriorando.
Segundo Lowenkron, o Departamento de Estado não espera de nenhum país uma conduta ilibada em termos direitos humanos. De acordo com ele, o que a secretária de Estado americano, Condoleezza Rice, busca é que os países demonstrem estar no caminho certo em termos de direitos humanos.
Lowenkron disse que "mesmo estando ciente de todos os problemas com o Brasil, o país permanece sendo um de nossos principais parceiros e amigos".
Em editorial publicado na edição desta quarta-feira, o jornal "The New York Times" diz que o presidente Bush precisa apontar ''os desempenhos desiguais em direitos humanos de aliados como a Colômbia e a Guatemala''.
De acordo com o jornal, se Washington não criticar Colômbia e Guatemala, poderá ser acusada de usar dois pesos e duas medidas ao criticar a política de intimidação e perseguição de adversários promovida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
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