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21/11/2007 - 18h47

Oposição quer adiar votação da adesão da Venezuela ao Mercosul

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A oposição, comandada pelo DEM e PSDB, promete dificultar as articulações do governo para votar no plenário da Câmara dos Deputados o projeto de decreto legislativo que aprova a adesão da Venezuela ao Mercosul. Com 44 votos favoráveis e 17 contrários, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o parecer do deputado Paulo Maluf (PP-SP) que pede a adesão da Venezuela ao Mercosul. Agora, a proposta será apreciada pelo plenário da Casa.

Representantes dos dois partidos estudam manobras para evitar que a vitória obtida hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa se repita no plenário.

"A mão forte do governo foi sentida hoje [na votação da CCJ]. A história no plenário é diferente. As instâncias são outras. A entrada da Venezuela [no bloco econômico] significa a contaminação do Mercosul", afirmou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA).

De forma semelhante pensa o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). Segundo ele, apesar de o governo ter maioria na Casa, a correlação de forças no plenário é diferente do que ocorre na CCJ. "Não pretendemos facilitar a vida do governo no plenário, isso já é certo. Temos profundo apreço pelo povo venezuelano, mas repudiamos o presidente deles [Hugo Chávez]", disse.

As estratégias que serão adotadas em plenário ainda não foram definidas. Uma das idéias dos oposicionistas é evitar que o assunto seja votado neste ano. A disposição é para adiar a votação somente para 2008.

Ainda não há data marcada para o projeto que trata sobre o ingresso da Venezuela ser colocado em votação no plenário da Câmara. Por enquanto a pauta da Casa está trancada por três MPs (medidas provisórias) e um projeto de lei. No plenário, a aprovação depende apenas de maioria simples.

Depois de passar pela Câmara, o projeto segue para apreciação do Senado. Inicialmente, o assunto deve ser analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois Comissão de Relações Exteriores. Por último, o tema será analisado pelo plenário do Senado.

Opiniões

Para os líderes dos partidos que apoiaram a aprovação do projeto na CCJ, a decisão da comissão deve ser comemorada com a interpretação de que o resultado vai se repetir no plenário da Câmara.

"Os governos passam, mas a sociedade e o país Venezuela ficam. Isso que deve ser compreendido", afirmou o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). "A Venezuela é maior do que [o presidente Hugo] Chávez", disse ele.

O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), também defendeu o ingresso da Venezuela no Mercosul, mas com ressalvas a Chávez. "O [presidente] Chávez é horroroso. Mas o país é muito maior do que ele [Chávez] , por isso o PTB vota favoravelmente à matéria", disse.

O deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) defendeu que antes de a proposta ser aprovada pelo plenário da Câmara, o Congresso exija desculpas formais do presidente Chávez pelos comentários agressivos que fez ao legislativo brasileiro.

O líder do PSOL na Casa, Chico Alencar (RJ), sugeriu que os parlamentares deixem de lado o "provincianismo" das discussões e pensem de forma ampla sobre os benefícios para o Mercosul com a participação da Venezuela.

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Comentários dos leitores
Agora, só fica faltando decretar Chávez presidente voitalício do Mercosul, (Por falar nisto, já não está ana hora de aqui no Brasil grafarmos o nome da entidade em português, Mercossul? Afinal, falamos IMF ou FMI, em português? ONU ou UN? e daí prá frente. "Nuestros hermanos" que nos respeitem, para não sermos tratados como Lula é tratado pelos três "revolucionários socialistas" sul-americanos. sem opinião
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porfirio sperandio (353) 08/03/2008 09h33
porfirio sperandio (353) 08/03/2008 09h33
O Modena e o Carlos Lobitsky merecem uma estrela no premio de Gramado pela articulacao e outra pelo enredo. To pra ver clareza de ideias, informacao e inteligencia nos comentarios sobre a crise da Colombia ...

O Uribe na verdade tava com medo do Reyes virar Presidente com articulacao do Sarkozi ...
Como os Bush negaram suporte (na imprensa, fala sempre bebado, quando melhora diz outra coisa) e o McCain ja' disse que vai acabar com a economia de guerra; Uribe tratou logo de seguir o conselho do Amorin: dar um abracao no Correa e no Chaves ...
Ate' lagrimas de crocodilo cairam dos seus olhos ...
E assim o Brasil vai se firmando como lider na America do Sul, com motores franceses e engenharia da casa...
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josé reis barata barata (2402) 07/03/2008 08h19
josé reis barata barata (2402) 07/03/2008 08h19
Correção indispensável ao final da citação (Rousseau pode considerar o erro, de cópia,mais deplorável ainda):"...infelicidade de VIVER depois de ti." 26 opiniões
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