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25/09/2006 - 17h57

Máfia dos vampiros atua desde a gestão de FHC, diz procurador

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O procurador da República Gustavo Pessanha, da Procuradoria Geral da República no Distrito Federal, disse nesta segunda-feira que a máfia dos vampiros começou a agir no Ministério da Saúde ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Segundo o procurador, as fraudes na compra superfaturada de remédios e hemoderivados teve início em 1998. O procurador, no entanto, disse que o Ministério Público não encontrou indícios de envolvimento dos ex-ministros tucanos José Serra e Barjas Negri nas fraudes.

Ele explicou que as investigações sobre a máfia dos vampiros tiveram início em 2003, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"As interceptações telefônicas dos envolvidos, que são fortes instrumentos para coleta de provas, começaram em 2003. Por isso não é possível desvendar todo o esquema desde aquela época. Mas a estrutura das fraudes vem da época do governo do PSDB", disse o procurador.

Pelo menos 6 dos 33 funcionários e lobistas que atuavam no Ministério da Saúde deixaram o governo em 2003. Entre eles, Platão Fischer Puhler, que trabalhou no órgão entre 1997 e 2002 como responsável pela aquisição e definição de preços de medicamentos e hemoderivados.

Segundo Pessanha, essa mesma função era exercida no governo Lula por Luiz Claudio Gomes da Silva, homem de confiança do ex-ministro Humberto Costa e coordenador geral de recursos logísticos do Ministério.

"O ministro [Humberto Costa] permitiu que Claudio ultrapassasse superiores hierárquicos para despachar diretamente com ele", afirmou o procurador.

Pessanha disse que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o publicitário Duda Mendonça continuarão sendo investigados pela Polícia Federal por suposta participação na máfia dos vampiros.

Ao divulgar a denúncia, o procurador disse que houve falha da Polícia Federal durante as investigações em 2004, quando foi deflagrada a operação vampiro.

Segundo Pessanha, as transcrições das conversas telefônicas foram colhidas de um ano para cá, o que permitiu a comprovação do envolvimento de vários servidores do Ministério, assim como do próprio ministro Humberto Costa e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

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